Com inflação alta, arrecadação federal cresce 12,92% no primeiro bimestre

A arrecadação total de impostos federais subiu 5,27% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2021, chegando a R$ 148,66 bilhões. Segundo a Receita Federal, no bimestre, o crescimento foi de 12,92% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Foram arrecadados R$ 383,98 bilhões nos primeiros dois meses do ano.

“Importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório desde 2000, tanto para o mês de fevereiro quanto para o bimestre”, informou a Receita. Em 12 meses, a inflação oficial medida pelo IPCA acumula alta de 10,54%.

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Quanto às receitas administradas pela Receita, a arrecadação em fecereiro chegou a R$ 142,59 bilhões, representando um acréscimo real, considerando o IPCA, de 3,45%. No acumulado de janeiro a fevereiro, a alta com a inflação do período foi de 9,85%, para R$ 359,63 bilhões.

Segundo a Receita, o acréscimo observado no período pode ser explicado, principalmente, pelos recolhimentos, principalmente do ajuste de Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL).

De acordo com os dados, o recolhimento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no mês passado foi de R$ 4,53 bilhões, uma alta de 26,28%.

“Esse desempenho se deve ao crescimento das operações de créditos, influenciando tanto o IOF Crédito da Pessoa Física quanto da Jurídica, além de maior arrecadação nas operações de câmbio”, informa a Receita.

O IRRF-Rendimentos de Capital de fevereiro de 2022 teve uma arrecadação de R$ 5,01 bilhões, um crescimento real de 57,77% em relação a fevereiro de 2021.

Segundo o órgão o desempenho é explicado, principalmente, pelos acréscimos nominais de 206,90% na arrecadação em “Fundos de Renda Fixa”, de 180,46% na arrecadação em “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)”.

Já o recolhimento do PIS/Cofins em fevereiro, de acordo com os dados, foi de R$ 32 bilhões, uma evolução corrigida pelo IPCA de 6,68%. O resultado, segundo a Receita, decorreu do crescimento de 9,5% no volume de serviços (PMS-IBGE) combinado com a retração de 1,5% no volume de vendas (PMC-IBGE).

“Contribuiu para o resultado o decréscimo de 39,61% no valor das compensações tributárias sobre o período anterior.”