Com melhora do humor externo, Bolsa acumula alta de 1,7% na semana

A indicação de que o Federal Reserve, banco central americano, não medirá esforços para conter a inflação nos Estados Unidos trouxe um alívio para os mercados mundiais. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu acima de 1% acompanhando os índices americanos nesta sexta-feira 13.

O presidente do Fed, Jerome Powell, disse ontem que o aperto monetário para conter a inflação pode ser uma medida mais amarga, mas que nada se compara à perda do poder de compra da população.  

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“A economia não funciona para ninguém sem estabilidade de preços”, disse Powell. “O processo de baixar a inflação para 2% também incluirá alguma dor, mas no fim das contas a coisa mais dolorosa seria se não lidássemos com isso e a inflação se enraizasse na economia em níveis elevados.”

Powell ratificou a intenção do Fed de elevar os juros em 0,5 ponto percental nas próximas reuniões.

Cotação do Ibovespa nesta sexta-feira 13

O Ibovespa subiu 1,17%, aos 106.924 pontos. Na semana, a bolsa acumulou ganhos de 1,7%. Os índices americanos também fecharam em alta nesta sexta-feira. O Dow Jones avançou 1,47%, o S&P 500, 2,39% e a Nasdaq evolui em 3,82%.

Para Rafael Foscarini, da Belo Investment Research, além dos fatores externos, a alta do Ibovespa pode ser explicada pela melhora também de papéis ligados às commodities.

As ações da Petrobras avançaram nesta sessão com a alta do petróleo, o PETR4 avançou1,68% e o PETR3, 0,71%. Já a Vale, que durante todo o pregão ficou em alta, perdeu fôlego e fechou em estabilidade, com leve baixa de 0,01%, mesmo com a retomada do preço do minério de ferro.

A tonelada do minério de ferro no porto de Qingdao foi negociado a US$ 128,40, uma alta de 1,24%. Já o barril do Brent sobe 3,41% e é negociado a US$ 111,11.

“Os dados de setor de serviço de março também surpreenderam positivamente o mercado, além dos dados de safra do IBGE e isso tudo deve ajudar PIB do primeiro trimestre”, disse Foscarini. “O sentimento hoje está mais positivo.”

O IBGE estima uma safra recorde de 261,5 milhões de toneladas, uma alta de 3,3% em relação ao ano passado. Já o setor de serviços cresceu 1,7% na passagem de fevereiro para março, acumulando ganho de 2,1% nos últimos dois meses. Com esse resultado, o setor recupera a perda de 1,8% de janeiro, alcança o maior nível desde maio de 2015 e fica 7,2% acima do patamar pré-pandemia.