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Comércio contrata 792 mil e ajudar a frear o desemprego

Setor foi destaque da Pnad Contínua divulgada pelo IBGE nesta sexta, 26. No entanto, 13 milhões ainda estão sem trabalho

Casal fazendo compras e vendedora do comércio entregando sacolas

Admissões do comércio ajudaram a diminuir a taxa de desemprego no Brasil, que está em 13,9% | Foto: Getty Images

O comércio liderou a criação de vagas no trimestre encerrado em dezembro de 2020, com 792 mil admissões em relação ao trimestre terminado em setembro, e ajudou a frear o desemprego no Brasil.

O dado foi divulgado pelo IBGE, dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), nesta sexta-feira, 26.

Além de mostrar um resultado positivo para o comércio, a pesquisa constatou queda do desemprego no país no último trimestre de 2020, para 13,9%.

O IBGE estima que o Brasil tem hoje cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho formal ou informal.

Apoio de outros setores para frear o desemprego

Além do comércio, a geração de vagas que ajudou a diminuir a taxa de desemprego no Brasil veio em bom volume de todos os outros setores.

Do terceiro para o quarto trimestre de 2020, houve criação de empregos em outros serviços (234 mil ocupados), indústria (333 mil), alojamento e alimentação (249 mil), transporte (155 mil), agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (280 mil), construção (296 mil), serviços domésticos (314 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (573 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (468 mil).

“Isso pode estar relacionado não só à sazonalidade, mas também ao represamento que houve ao longo do ano. Por isso, essas atividades acabam mostrando expansão”, avaliou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Resultados abaixo de 2019

Em relação ao último trimestre de 2019, somente a agricultura (226 mil trabalhadores), e a administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (112 mil) contrataram pessoas.

Houve perdas em todas as demais atividades, principalmente no comércio, que dispensou quase 2 milhões de pessoas.

O setor de alojamento e alimentação fechou 1,5 milhão de vagas e o de serviços domésticos perdeu 1,4 milhão de trabalhadores. A construção demitiu 803 mil.

A indústria dispensou 1,2 milhão de funcionários, enquanto o setor de informação, comunicação e atividades financeiras fechou 125 mil postos de trabalho.

Fechando a lista de baixas, o setor de transporte perdeu 627 mil vagas, e outros serviços demitiram 955 mil pessoas. (AE)

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