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Como fica a criação de empregos em 2021

tendência é de continuidade no crescimento do emprego, mas resultados dependem do avanço da covid-19 e da vacinação

Trabalho

Pessoas buscam por vagas de trabalho no centro de São Paulo: emprego pode voltar ao nível pré-crise no segundo semestre | Foto: AE

A continuidade da recuperação do emprego neste início de ano vai depender da evolução da Covid-19 e das campanhas de vacinação, assim como do apetite dos empresários em assumir riscos pensando no futuro, segundo avaliação da euipe de macroeconomia do Banco Safra

Dependendo da velocidade da vacinação, possíveis atrasos por conta do recrudescimento da Covid-19 —especialmente no setor informal — poderão ser compensados com a ampliação da vacinação, evitando-se uma deterioração significativa na trajetória de recuperação do crescimento econômico doméstico.

O nível de ocupação, segundo os economistas do Safra, pode recuperar o nível pré-crise no segundo semestre. O mercado de trabalho formal segue surpreendendo positivamente, com o Caged apresentando criação líquida de 160 mil postos de trabalho formais em 2020.

Sinal de melhora do emprego informal

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) também começam a sinalizar geração mais relevante de empregos entre os trabalhadores sem carteira e por conta própria (informais).

A maior parte dos postos de trabalho informais perdidos foi de trabalhadores com rendimento de até um salário mínimo, e o fim do auxílio emergencial deve levar a um maior contingente de pessoas nesse grupo a retornar para a força de trabalho. Com isso, a projeção do Safra é de que deve continuar a haver aumento da ocupação, na medida permitida pelas condições sanitárias, e provavelmente da taxa de desemprego.

Os economistas ressaltam que não se deve ignorar o risco associado à pandemia. O aumento do contágio—por conta do relaxamento do distanciamento social ou por novas cepas — levou a um aperto relativamente maior nas restrições à aglomeração a partir de meado de janeiro.

Incertezas quanto à recuperação

Os efeitos dessas medidas na atividade econômica ainda são difíceis de estimar, mas o impacto na ocupação — principalmente informal — pode ser significativo. À luz do que se observa em outros países que vivem a segunda onda, o período mais crítico para o crescimento de casos deve durar entre 20 e 30 dias.

Nessa situação, a equipe do Safra estima que o choque na economia poderá ser limitado, com a perda de ímpeto em janeiro e fevereiro, podendo ser compensada por uma recuperação mais vigorosa a seguir. A incerteza em relação a essas fases é, no entanto, é grande.

Análise completa do Safra sobre o mercado de trabalho.

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