close

Como funciona e como usar a máscara de grafeno

Eficiência de filtragem e propriedades desinfetantes são algumas das vantagens das máscaras fabricadas com o material

Máscara de grafeno

Máscara Respiratória de Proteção Individual de Partículas de Biomassa Graphene KN95 Padrão | Foto: Divulgação

Começam a chegar no Brasil as máscaras de grafeno, modelos feitos com carbono ativado para a proteção contra a contaminação por covid-19.

EPIs populares na China, principal fabricante do produto, as máscaras chegam em modelos descartáveis e também reutilizáveis.

As máscaras descartáveis podem ser usadas por até quatro horas, como as máscaras hospitalares tradicionais.

Entre os modelos reutilizáveis, estão as KN95/PFF2-S, parecidas com as N95/PFF2, consideradas as mais seguras.

Mais resistente que o aço e mais leve que o ar

O grafeno é um material feito de carbono mais rígido que o diamante, mais resistente que o aço e mais leve que o ar. Sua alta eficiência de filtragem motivaram cientistas a estudarem o uso contra a covid-19.

Os biotecnólogos italianos Valentina Palmieri e Massimiliano Papi concluíram que o grafeno funcional é capaz não só de impedir a passagem dos vírus da covid-19, como torná-los inativos.

Palmieri defende a combinação de características do grafeno ativado como uma arma no combate à pandemia. “Com a luz e o calor, o material pode, ainda, agir como um desinfetante”, escreve a pesquisadora.

Máscara de grafeno
Máscaras de grafeno KN95 podem ser reutilizadas até dez vezes | Foto: Divulgação

Celulose de sabugo de milho

Alguns dos produtos que chegam da China utilizam grafeno, ou carbono funcional, fabricado a partir de celulose de sabugo de milho, caso dos fabricados pela empresa Shandong Shengquan.

As máscaras KN95 de grafeno ativado são mais leves que a N95 e se ajustam bem ao rosto. A recomendação do fabricante é que ela seja reutilizada no máximo dez vezes e que entre um uso e outro fique exposta à luz solar.

Para o uso em hospitais, a recomendação é que se descarte também as máscaras reutilizáveis.

“O KN95 não é recomendado para uso em hospitais com pacientes de covid-19 ou outros locais de alto risco de contágio”, adverte o pneumologista Fabio Arimura, coordenador da área de fibrose da Sociedade Paulista de Pneumologia.

N95 tem melhor vedação

Segundo o médico, a vedação da N95 é mais eficiente por seu sistema de amarração duplo, na cabeça e no pescoço.

A KN95, por sua vez, é presa apenas atrás das orelhas. “Mas elas funcionam para uso na rua e vôos de avião não muito longos.” Arimura diz que no momento evitar a troca de aerossóis é a missão principal da máscara.

“Uma máscara hospitalar normal de três camadas, se corretamente ajustada, pode oferecer uma proteção contra 95% das partículas e todos os vírus e bactérias que estejam em suspensão no ar”, diz o médico. “O importante é usar corretamente.”

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra