Como e por que investir em empresas sustentáveis
Fundos que investem em companhias focadas nas questões ESG geram bons retornos e valores a sociedade no longo prazo
06/01/2021A consolidação dos conceitos de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG, Environmental, Social and Governance, em inglês) tornaram o investimento em empresas sustentáveis o principal direcionador do momento.
Estes princípios vem ganhando espaço desde a última década e decolaram de vez nos últimos três anos no mundo empresarial.
Essa ascensão originou a criação de instrumentos de financeiros “verdes” que apoiem o crescimento de empresas sustentáveis, como títulos de dívida, crédito direto com exigências sustentáveis e fundos de investimento.
Fundos ESG – ou ASG, na tradução para o português – ultrapassaram pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão em patrimônio em todo o mundo.
O registro foi feito pela plataforma Morningstar e se refere ao segundo trimestre de 2020.
Trajetória ESG
O tema não é novo. Ainda em 1999, a Dow Jones lançava seu primeiro índice de sustentabilidade. Ficaram conhecidos no mercado como investimentos verdes, ou investimentos éticos.
Nos anos 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou o movimento Pacto Global com o objetivo de estimular o desenvolvimento de empresas sustentáveis.
Desde então, a conscientização em torno do assunto vem conquistando terreno ano a ano.
O termo ESG foi cunhado pela primeira vez em 2004, quando o então secretário-geral da ONU Kofi Annan escreveu para 50 instituições financeiras, as convidando para participarem desse processo de transformação.
Já em 2019, o Fórum Econômico Mundial elegeu três riscos ambientais — eventos climáticos extremos, falha em mitigar as mudanças climáticas e desastres naturais — entre os cinco maiores riscos do momento, classificados por probabilidade de ocorrer.
No mesmo ano, Greta Thunberg, a adolescente sueca que ganhou notoriedade com seu discurso em defesa das políticas sustentáveis, estampou a tradicional capa da Times como a pessoa do ano em 2019, quando também foi indicada ao Prêmio Nobel de Paz.
Em um movimento mais amplo, os consumidores estão adotando novos hábitos, assim como investidores e líderes empresariais se tornam cada vez mais agentes de transformação em direção ao capitalismo responsável.
O resultado é um forte crescimento no interesse pelo termo ESG em todo o mundo.
Seleção de empresas sustentáveis
Investimentos tradicionais são regidos, de modo simplificado, por três grandes fatores: segurança, retorno e liquidez.
Nas decisões de investir em empresas sustentáveis, questões ambientais, sociais e de governança também se juntam a essa análise, que segue os seguintes passos:
- Definição do universo: exclusão de empresas com atividades controversas e análise de sustentabilidade, tanto em relação à empresa quanto em relação à indústria na qual está inserida;
- Análise de investimento: identificar oportunidades com tendências de transformação no longo prazo e empresas com boas práticas de ESG;
- Construção de portfólio: revisão dos riscos ESG dos portfólios e dos nomes individuais que compõem a carteira;
- Monitoramento constante: acompanhamento do portfólio a todo momento.
Investindo em empresas sustentáveis
Cada vez mais se torna claro que é preciso uma atuação conjunta entre sociedade, governos e empresas.
É com esta premissa que o Banco Safra lançou ao longo do ano passado os fundos Safra Estratégia ASG FIC FI AÇ e o Safra Impacto ASG FIC FI AÇ.
São produtos que, além de buscar retornos para seus cotistas, focam em companhias que geram reflexos positivos para a sociedade.
Ambos os fundos investem em empresas com altos níveis de governança corporativa e práticas de desenvolvimento sustentável.
O produtos são fundos de renda variável, que têm o objetivo de superar os retornos do Ibovespa, o principal índice de ações da Bolsa de Valores.
A lista completa de fundos disponibilizados pelo Banco Safra aos investidores pode ser conferida no site da instituição.