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Após invasão, Congresso confirma posse de Biden

Após invasão e vandalismo por manifestantes insulflados pelo presidente Trump, Congresso ratifica vitória de Joe Biden

Biden

Presidente eleito confirmado pelo Congresso, Biden pediu respeito à democracia e às leis / Foto: Reprodução Facebook

O Congresso dos Estados Unidos ratificou nesta quinta-feira, 7 de janeiro, a vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial no ano passado.

Em uma sessão que se estendeu por toda a madrugada, retomada após a invasão do Capitólio por extremistas pró-Trump, os parlamentares confirmaram os resultados apresentados pelo colégio eleitoral e formalizaram a vitória da chapa Biden-Harris.

Com a confirmação do resultado apresentado pelos Estados – que apontou vitória da chapa democrata com 306 delegados conquistados -, não há mais nenhum obstáculo formal no caminho de Biden até a Casa Branca.

A data da posse do novo presidente e de sua vice, Kamala Harris, está prevista para o dia 20 de janeiro.

“Haverá transição ordeira”

Após insuflar apoiadores a invadir o Congresso, o presidente Donald Trump disse na manhã desta quinta que “haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro”.

“Embora eu discorde totalmente do resultado das eleições, e os fatos estão do meu lado, ainda assim haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro”, disse Trump em um comunicado no Twitter de seu diretor de redes sociais, Dan Scavino.

“Eu sempre disse que nós seguiríamos nossa luta para garantir que apenas os votos legais fossem contados. Ainda que isto represente o fim do maior primeiro mandato na história presidencial, é apenas o começo da nossa luta para Fazer a América Grandiosa Novamente”.

O Twitter bloqueou temporariamente a conta de Trump após a invasão do Congresso e as repetidas acusações sem provas do presidente sobre fraude nas eleições.

Invasão e morte no congresso

Uma multidão de extremistas pró-Donald Trump invadiu o Capitólio na quarta-feira, 6, após um discurso em que o presidente americano prometeu nunca admitir a derrota na eleição de novembro, em desafio ao rito parlamentar que confirmaria a vitória democrata.

O grupo interrompeu a certificação dos votos eleitorais para atestar o triunfo do presidente eleito Joe Biden. A polícia precisou retirar o vice-presidente americano, Mike Pence, que presidia o Senado, e os demais legisladores do prédio em um cenário de violência que abalou um pilar da democracia americana e deixou ao menos um morto.

Por volta das 14h15 (hora local, 16h15 de Brasília), enquanto a Câmara e o Senado debatiam a iniciativa de um grupo de republicanos para derrubar os resultados das eleições no Estado do Arizona, os seguranças correram até Pence para retirá-lo do Capitólio.

Antes de presidir a sessão, o vice, como presidente do Senado, desafiou a pressão de Trump e disse que não cabia a ele anular qualquer voto.

O prédio foi fechado depois de vândalos derrubarem as grades de segurança do lado de fora. Houve quebra-quebra, a polícia jogou gás lacrimogêneo, mas não conseguiu impedir a invasão.

Imagens postadas nas redes sociais redes sociais mostraram extremistas brigando violentamente com a polícia. Pelo menos um explosivo foi encontrado pela polícia perto do Capitólio. Por um tempo, senadores e membros da Câmara ficaram presos em seus respectivos gabinetes.

Uma mulher que parecia fazer parte do grupo que invadiu o Capitólio pode ser vista em um vídeo postado nas redes sociais levando um tiro dentro do prédio. Ela chegou a receber atendimento no local, mas morreu. Segundo a NBC News, ela foi atingida por um membro da Polícia no momento da invasão do prédio.

A agitação levou a prefeita de Washington, Muriel Bowser, a declarar toque de recolher em toda a cidade das 18h de ontem até às 6h de hoje. Em seguida, o governador da Virgínia, Ralph Northam, declarou estado de emergência e impôs também toque de recolher em Arlington e Alexandria, nos arredores da capital americana.

O secretário de Defesa dos EUA em exercício, Chris Miller, ativou todos os 1,1 mil soldados da Guarda Nacional do Distrito de Columbia, onde fica Washington, e disse que estava preparado para fornecer apoio adicional se solicitado pelas autoridades.

Biden fez um pronunciamento contundente contra a violência. Ao mesmo tempo, os democratas conquistavam a maioria do Senado com as duas vitórias dos candidatos que disputaram o segundo turno na Geórgia.

(Com AE)

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