Consumo aparente de aço cai 19,7% no bimestre
Em janeiro e fevereiro foram consumidas 3,5 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos no mercado doméstico.
21/03/2022O consumo aparente de aço – produção local mais importações menos exportações – segue em queda no Brasil. Em janeiro e fevereiro foram consumidos 3,5 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos no mercado doméstico, um recuo de 19,7% no comparativo ao mesmo período de 2021. No mês passado, o consumo aparente chegou a 1,8 milhão de tonelada, volume 15,3% menor que em 2021. Os dados foram divulgados pelo Instituto Aço Brasil.
As vendas internas de aço somaram 2,9 milhões no bimestre, 23,8% inferior ao apurado em janeiro e fevereiro de 2021. No mês passado, de acordo com os dados, foram vendidas 1,5 milhão de toneladas, queda de 19,5% no comparativo com fevereiro de 2021.
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Nos dois primeiros meses deste ano, as siderúrgicas produziram 5,6 milhões de toneladas de aço bruto, um recuo de 5,8%. Já em fevereiro, a produção caiu 6,9%, para 2,7 milhões de toneladas.
Segundo o Aço Brasil, a queda nos indicadores demonstra que o movimento de composição dos estoques no país ficou para trás. Em 2020 e no ano passado, os setores consumidores compraram aço além da demanda real, o que fez com que o desempenho das siderúrgicas atingisse recorde atrás e recorde.
Importações de aço diminuem
As importações também vêm diminuindo, de acordo com o Aço Brasil. No bimestre, a queda foi de 10,2%, para 593 mil toneladas. Em fevereiro, foram importadas 297 mil toneladas, recuo de 11,3%.
As exportações somaram 2,2 milhões de toneladas em janeiro e fevereiro, alta de 68,2% no comparativo com o mesmo período de 2021. No mês passado, as vendas externas cresceram 26,3%, para 964 mil toneladas, de acordo com o Aço Brasil.
Segundo o Aço Brasil, a guerra na Ucrânia tem pressionado os custos de matéria-prima e insumos energéticos. “Economicamente, a guerra vem afetando toda logística global, aumentando o preço do frete marítimo, e causando efeitos negativos em toda a cadeia de suprimentos”, informou a entidade. “No caso da indústria do aço, matérias-primas específicas como carvão mineral, gás natural e níquel vem sofrendo expressiva elevação de preço.”