Consumo aparente de aço desacelera em janeiro, mostra Aço Brasil

Depois de ver números recordes em 2021, as siderúrgicas no país desaceleram o ritmo neste ano. O consumo aparente, que soma produção e importações menos as exportações, caiu 24% em janeiro, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto Aço Brasil. O total foi de 1,7 milhão de tonelada. Nas vendas, o recuo foi ainda maior, de 28%, para 1,4 milhão de toneladas.

A produção de aço bruto apresentou declínio de 4,8%, segundo os dados do Aço Brasil. Foram produzidos 2,9 milhões de toneladas em janeiro deste ano. A queda maior foi na produção de aços longos – 11,8% – chegando a 897  mil toneladas.

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Esse comportamento mostra a desaceleração da construção civil, que no quarto trimestre apresentou queda de 9,7% nas vendas de imóveis novos, para 65.232 unidades, de acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).  

Com mercado interno abastecido, empresas aumentam exportação de aço

Segundo o Aço Brasil, com o mercado interno abastecido, as empresas estão escoando parte de sua produção para o exterior. As exportações em janeiro somaram 1,2 milhão de toneladas, ou US$ 975 milhões, o que resultou em aumento de 116,7% e 210,4%, respectivamente, na comparação com o mesmo mês de 2021.

Já as importações chegaram a 296 mil toneladas e US$ 407 milhões, uma queda de 8,9% em volume e uma alta de 41,4% em valor na comparação com o registrado em janeiro de 2021.

Para o ano, o Aço Brasil espera uma normalização do mercado. A estimativa de produção de aço bruto é de aumento de 2,2%, para 36,807 milhões de toneladas.

Em relação às vendas internas, há expectativa de crescimento de 2,5%, para 23,347 milhões de toneladas, de acordo com a entidade. O consumo aparente terá alta de 1,5%, para 27,05 milhões de toneladas.