Cosan e J&F entram no setor de mineração

Em um momento de forte valorização das commodities, dois grandes players entraram recentemente no mercado de exploração do minério de ferro. Primeiro, a Cosan estreou no setor de mineração ao comprar o porto de São Luís (MA) da chinesa CCC, de forma a integrar a logística e exploração do minério. Depois, a holding J&F, dona da gigante de proteína animal JBS, comprou da Vale a mina de ferro e manganês no Mato Grosso do Sul.

Além de comprar o terminal portuário, a Cosan também fechou parceria com o fundador da Aura Minerals para extrair o minério de ferro e escoá-lo até o porto no Maranhão.

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A criação da joint-venture ainda está em andamento, mas a estimativa é produzir 10 milhões de toneladas por ano a partir de 2025. A J&F, por sua vez, avalia novas aquisições no setor, com o objetivo de se consolidar como um player relevante no mercado.

Tornar-se um player forte significa produzir mais de 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e, para isso, a companhia deve ter um fluxo de caixa robusto para dar conta dos projetos ou aquisições.

Mineração tem projetos de longo prazo

Outro ponto a se considerar é o tempo para a conclusão de um projeto em mineração, em média de 3 a 5 anos. Especialistas do setor afirmam que o mais comum são investidores atuando como pequenos players e vendendo sua produção para a Vale ou para a CSN.

Além do preço atrativo das commodities, há vários projetos no Brasil que aguardam investimentos para sair do papel, o que pode se traduzir em oportunidades para novas companhias e investidores no segmento.

Entretanto, mesmo que o momento seja favorável, há que se observar possíveis cenários adversos, influenciado por demanda baixa e queda de preço, algo que pode impactar a viabilidade de projetos.