Covaxin é aprovada pela OMS para uso emergencial

O imunuzante Covaxin, produzido pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, recebeu nesta quarta-feira, 3, autorização para o uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a OMS, a vacina Covaxin é recomendada para os maiores de 18 anos, com um intervalo entre doses de quatro semanas. Ela não é indicada para grávidas. Seu uso no Brasil não foi autorizado pela Anvisa.

A aprovação da OMS é um pré-requisito para a distribuição de vacinas por meio do Covax Facility, consórcio global de desenvolvimento e fornecimento das vacinas contra a covid-19.

A iniciativa contribui com a aceleração da aprovação regulatória para importação e administração dos imunizantes fora do país de fabricação do produto farmacêutico.

Anvisa barrou Covaxin em julho

A Anvisa autorizou, em maio deste ano, testes em massa da Covaxin no Brasil. O chamado estudo de fase 3 acelera a análise de pedidos para uso emergencial. Contudo, de acordo com a assessoria da Precisa Medicamentos, o ensaio clínico não teve início.

A Anvisa barrou a importação do imunizante em julho, alegando falta de documentos na solicitação do fabricante. Também negou o certificado de boas práticas de produção de uma fábrica da Covaxin.

Segundo os relatórios emitidos então pela Anvisa, a produção na Bharat Biotech não respeita as normas brasileiras de fabricação farmacêutica.

Até agora, são sete imunizantes aprovados para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde.

No Brasil, apenas quatro vacinas são oferecidas pelo Programa Nacional de Imunização: a CoronaVac, a AstraZeneca (ambas de tecnologia importada, mas já fabricadas no Brasil), a Pfizer e a Janssen (importadas, sem previsão de produção nacional).