Inflação nos EUA desacelera para 4,9% em 12 meses
A inflação medida pelo CPI é um dos principais parâmetros acompanhados pelo Federal Reserve em sua decisão de política monetária
10/05/2023O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,4% em abril ante março, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho. O resultado da inflação americanaficou em linha com a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. O núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,4% na comparação mensal, em linha com a projeção.
Na comparação anual, o índice cheio do CPI dos EUA subiu 4,9% em abril, desacelerando levemente em relação ao ganho de 5,0% de março e abaixo da projeção, que previa acréscimo de 5,0%. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,5% no mês passado, em linha com o consenso do mercado e recuando levemente ante o avanço de 5,6% de março.
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O resultado, que acelerou em relação à alta de 0,1% de março, veio em linha com o esperado pelos economistas consultados pelaBloomberg. Em 12 meses, a inflação americana acumula alta de 4,9%. Economistas consultados pela Bloomberg estimavam alta de 5% na comparação anual.
A inflação medida pelo CPI é um dos principais parâmetros acompanhados pelo Federal Reserve em sua decisão de política monetária. Isso porque fornece indicações mais precisas sobre a variação dos preços no país.
Inflação nos EUA medida pelo CPI é principal parâmetro para definir juros
Os dados de inflação são acompanhados com atenção pelos economistas do mercado financeiro na tentativa de desvendar os próximos passos do Federal Reserve na política de juros para conter a inflação.
Na semana passada, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) elevou a taxa de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, conforme o esperado por economistas, para o intervalo de 5,00% a 5,25% – o mais alto desde 2007.
O comunicado omitiu uma linha de sua declaração anterior, de março, que dizia que o comitê “previa que alguma política adicional poderia ser apropriada”. O movimento sugeriu que este pode ter sido o último aumento de sua campanha mais agressiva desde a década de 1980.
Também na semana passada, dados de emprego dos EUA vieram mais fortes que o esperado em abril, com a criação de 253 mil vagas no mês, segundo o relatório de empregos (payroll). Os dados amenizaram temores de recessão. (Com AE)