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Crédito tem expansão no varejo e habitação

Piora do cenário externo e tragédia no Rio Grande do Sul elevam riscos, mas o Banco Safra mantém as expectativas para o mercado de crédito em 2024

Crédito banco

Companhias varejistas continuaram expandindo lojas e se beneficiaram do aumento das vendas no varejo | Foto: Getty Images

No primeiro trimestre de 2024, a volatilidade das curvas de juros nominal e real influenciou mais significativamente os spreads de crédito do que o risco corporativo – um contraste com o cenário de 2023. Entretanto, segundo análise do Banco Safra, as incertezas quanto à recuperação de alguns setores e empresas ainda persistem e são intensificadas pelos possíveis efeitos das tensões político-econômicas externas e das questões internas, como a sustentabilidade fiscal, a Selic e as expectativas de inflação.

Segundo os especialistas do Safra, a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul adiciona uma nova camada de risco. O banco já esperava por parte das companhias foco na gestão de custos e despesas, otimização dos investimentos e esforços para captar dívida mais barata. Os dados analisados do primeiro trimestre de 2024 confirmam parte das expectativas, que estão mantidas para o ano de 2024, dado o efeito gradual dos fatores mencionados acima no resultado operacional.

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Setores e empresas com melhor desempenho na área de crédito

As companhias dos setores de saúde e proteína animal, por exemplo, buscaram otimizar sua estrutura de capital reduzindo investimentos e captando dívida mais barata.

Por outro lado, as companhias varejistas continuaram expandindo lojas e se beneficiaram do aumento das vendas no varejo (dados do IBGE mostram avanço de 3,8% no índice de vendas entre mar/23 e mar/24).

O setor habitacional de baixa renda também vem ampliando suas vendas, sustentado pela ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida.

Empresas como Braskem e AES Brasil dão sinais de recuperação, com a Braskem experimentando uma retomada marginal na demanda petroquímica (vista também no 4T23) e a AES Brasil beneficiando-se da entrada em operação de novos ativos eólicos.

O Safra destaca ainda a entrada de caixa de R$ 3,1 bilhões na Raízen, após o adiantamento de recebíveis de contratos de etanol de segunda geração; a forte geração de caixa da Rumo, sustentada pela boa demanda por transporte de grãos e reajuste tarifário; a queda de sinistralidade e o ganho de rentabilidade da Hapvida, através de esforços de repasse de preços e controle do portfólio de clientes; e o forte desempenho operacional do MercadoLivre, após o avanço das vendas e dos serviços de crédito no Brasil e no México.

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