Cresce a remuneração média das debêntures incentivadas
Dados do Ministério da Economia mostram que as debêndures incentivadas ficaram mais rentáveis, atingindo IPCA + 6,9% em média
05/05/2022Dados relativos a março de 2022 do Ministério da Economia mostram um aumento na remuneração média das emissões de debêntures incentivados no acumulado de 2022, atingindo IPCA + 6,9%, frente à média de IPCA + 5,9% em 2021.
O prazo médio de vencimento reduziu-se para 11,6 anos em 2022, comparado a 12,4 anos em 2021. Ao todo, foram realizadas 21 emissões de debêntures incentivadas neste ano, totalizando R$ 6,3 bilhões. O setor de energia representa mais da metade desse total (R$ 3,7 bilhões), seguido por transporte e logística (R$ 2,0 bilhões) e o restante pelo setor de telecomunicação e saneamento.
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Dentre os papéis mais negociados no mercado secundário no mês de março, estão São Simão 2036, Energisa MS 2031 e Energisa MT 2031, todos já recomendados na carteira de crédito privado do Safra.
As debêntures incentivadas responderam por mais de 30% do volume total (R$ 26,7 bilhões) negociado no mercado secundário em março. Os papéis incentivados costumam atrair investidores pessoa física por conta da isenção de IR, motivo este que tem elevado a liquidez desses papéis no mercado ao longo dos anos.
Potencial de emissão de debêntures incentivadas passa de R$ 200 bilhões
De acordo com o Ministério da Economia, há ainda um potencial de R$ 218 bilhões de emissão de debêntures incentivadas, relacionadas 804 projetos de infraestrutura no Brasil. Cerca de 75% dos projetos são do setor de energia elétrica, 17% em transporte e logística e 8% em saneamento.
Importante notar a evolução do patrimônio líquido (PL) de fundos de infraestrutura (que aplicam em emissões incentivadas) nos 2 últimos anos. Em abril de 2020, o PL de todos esses fundos somava R$17,7 bilhões e, em março deste ano, está próximo de R$40 bilhões. Isso evidencia o crescente aumento no interesse por papéis incentivados.