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Biden anuncia corte de 50% das emissões de gases

Debate virtual com 40 líderes mundiais tem o desmatamento na Amazônia como uma das preocupações centrais

Desmatamento na Amazônia é uma das preocupações da cúpula do clima que começa hoje

Ao abrir a Cúpula do Clima, o presidente Joe Biden se comprometeu a reduzir pela metade as emissões de gases causadores de efeito estufa dos Estados Unidos até o final da década, meta que só pode ser alcançada com um declínio acentuado e rápido no uso de petróleo, gás e carvão por praticamente todos setor da economia.

“Este momento é mais do que falar em preservação do nosso planeta, é também sobre garantir um futuro melhor para todos nós. É por isso que quando as pessoas falam sobre clima, eu penso em empregos. Nossa resposta à questão climática demanda a uma criação de empregos extraordinária”, afirmou.

A Cúpula de Líderes sobre o Clima, que o presidente americano Joe Biden promove hoje, sinaliza ao mundo que a agenda de sua campanha presidencial não vai ficar apenas no discurso. O evento consolida a agenda ambiental como prioridade e marca a retomada dos Estados Unidos como protagonista do multilateralismo.

A cúpula do clima será realizada entre quinta, 22, e sexta-feira, 23, em formato virtual. Quarenta líderes mundiais foram convidados a participar do evento, que reunirá em um mesmo palco os maiores emissores de carbono, países que já sofrem com os efeitos das mudanças climáticas e nações que desenvolvem práticas inovadoras sobre o tema.

Entre os convidados ao evento estão o papa Francisco e a indígena brasileira Sinéia do Vale. A cúpula antecede a 26ª Conferência sobre o Clima, a Cop26, a ser realizada em novembro em Glasgow, na Escócia. Um dos principais objetivos é impedir a elevação da temperatura média do planeta acima de 1,5 grau neste século.

EUA vão anunciar metas ambientais

A reinserção dos EUA no Acordo de Paris e a inclusão do meio ambiente no pacote econômico trilionário de Biden são algumas das medidas que sinalizam a intenção do presidente americano.

A Casa Branca antecipou que Biden anunciará as novas metas do país para redução dos gases estufa até 2030 durante o evento, o que só deveria ocorrer em novembro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), em Glasgow.

A União Europeia anunciou esta semana que as metas para redução das emissões agora têm força de lei.

Encontros bilaterais estão confirmados do presidente Biden com os presidentes de Rússia, Brasil e China, Vladimir Putin, Jair Bolsonaro e Xi Jinping.

Brasil é alvo de críticas

O Brasil é alvo de severas críticas pelo insucesso em conter o desmatamento ilegal da Amazônia – o que certamente será cobrado durante a conferência, inclusive pelos EUA. Quanto ao aspecto político, a relação com os anfitriões está balançada desde a vitória democrata, questionada pelo presidente da República, que chegou a afirmar que o pleito foi fraudado.

Em carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro já se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Ele, inclusive, reconheceu o aumento das taxas de desmatamento a partir de 2012 e afirmou que o Estado e a sociedade precisam aperfeiçoar o combate a esse crime ambiental.

Na carta a Biden, além de definir metas e compromissos, Bolsonaro apontou as iniciativas feitas pelo Brasil para a preservação do meio ambiente, como projetos nas áreas de bioeconomia, regularização fundiária, zoneamento ecológico-econômico e pagamento por serviços ambientais.

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