Cyrela aumenta vendas e eleva receita em 47% no trimestre
Banco Safra reafirma confiança na Cyrela, que tem baixos níveis de estoque e conta com equipe de gestão qualificada, além de reconhecimento da marca e balanço sólido
21/03/2025
Edifício da Cyrela em construção no bairro Sumaré, em São Paulo: futura sede da empresa | Foto: Cley Scholz
A Cyrela (CYRE3) reportou resultados trimestrais robustos, conforme esperado, ficando ligeiramente acima das estimativas do Banco Safra. O desempenho impressionante de vendas dos últimos trimestres impulsionou uma expansão de 47% na receita em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, compensando níveis de margem bruta mais baixos após um ajuste mais forte do valor presente líquido.
Como resultado, a robusta receita, juntamente com fortes resultados de equivalência patrimonial, impulsionou uma expansão impressionante de 100% a/a no lucro líquido e um ROE de 22%.
A receita líquida da Cyrela ficou 1% acima da estimativa do Safra, em R$ 2,51 bilhões (+23% t/t e +47% a/a). A robusta receita refletiu a maior atividade de lançamentos da empresa e o excelente desempenho de vendas nos últimos trimestres, que apoiaram uma inspiradora taxa de Velocidade de Vendas (SoS) de 54% nos últimos 12 meses (relatório de prévia operacional do 4T24).
Enquanto isso, a margem bruta ajustada da Cyrela caiu 2,1pps a/a para ainda saudáveis 33,4%, refletindo principalmente uma perda contábil de 2,0pps devido a um ajuste mais forte do valor presente líquido no trimestre.
No entanto, a empresa manteve sua margem de backlog em sólidos 36,4% (estável t/t e +0,5pps a/a).
Além disso, a Cyrela se beneficiou de um robusto ganho de equivalência patrimonial de R$148 milhões de suas JVs (+9% t/t e +61% a/a), o que levou a um forte EBITDA ajustado de R$705 milhões (+12% t/t e +107% a/a), 3% acima da estimativa do Safra.
O lucro líquido da empresa atingiu R$497 milhões (+5% t/t e +100% a/a), ficando 5% acima da previsão do Safra. O desempenho ainda refletiu um ganho financeiro líquido mais fraco de R$16 milhões (-50% t/t e -60% a/a), principalmente atribuído à menor contribuição de R$26 milhões da CashMe (-48% t/t e -32% a/a).
No entanto, a empresa reportou uma margem líquida de 19,8% (-3,4pps t/t e +5,3pps a/a), o que impulsionou um impressionante ROE anualizado de 22,3% (+1,1pps t/t e +9,4pps a/a), 130bps acima da estimativa do Safra.
Finalmente, apesar do maior volume de obras, a Cyrela reportou uma sólida geração de caixa de R$61 milhões (vs. estimativa do Safra de R$42 milhões), enquanto pagou R$376 milhões em dividendos e recompra de ações (~4% de rendimento), ainda resultando em uma saudável alavancagem dívida líquida/patrimônio líquido de 10,3% (+3,2pps t/t e -0,4pps a/a).
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Avaliação do Safra sobre os resultados da Cyrela
Apesar dos recentes ventos contrários macroeconômicos, a Cyrela reportou excelentes resultados trimestrais, alcançando um impressionante ROE de 21% em 2024, enquanto entregava sólidos números de fluxo de caixa, apesar do maior volume de obras.
Por outro lado, apesar da leve superação dos lucros, os analistas do Banco Safra antecipam uma reação neutra do mercado, pois acreditam que os resultados do quarto trimestre de 2024 já foram em grande parte precificados.
O Banco Safra reitera a recomendação de Compra para CYRE3, principal escolha do banco no segmento, destacando o atraente valuation de 5.0x P/L para 2025.
O Safra continua confiante de que os baixos níveis de estoque da Cyrela (10 meses de vendas), equipe de gestão qualificada, reconhecimento da marca e balanço sólido devem resistir a qualquer vento contrário macroeconômico.

