Debêntures: confira a composição no novo índice de renda fixa da B3
Índice Debêntures Ultra Qualidade DI da Bolsa destina-se a ser referencial de preços das debêntures de remuneração composta por DI mais um spread
12/02/2025
O índice inclui as debêntures precificadas pela Bolsa e que são aceitas como depósito em garantia pela Câmara B3 | Foto: Getty Images
A B3 anunciou a criação de um novo índice de mercado de renda fixa, o Índice Debêntures Ultra Qualidade DI, destinado a fornecer um referencial que represente o desempenho médio dos preços das debêntures de remuneração composta por DI mais um spread.
A metodologia para o índice tem por base uma nova regra da B3: desde o ano passado, a companhia passou a permitir o uso de debêntures como garantia em operações que exigem uma margem, como a negociação de contratos futuros, por exemplo. A partir da lista de títulos aprovados pela área de risco para aceitação como garantia, foi criado o novo índice.
O índice inclui as debêntures precificadas pela Bolsa e que são aceitas como depósito em garantia pela Câmara B3. Além disso, há regras para inclusão, como o emissor precisa ser listado em bolsa, a emissão deve ser maior do que R$ 300 milhões, as debêntures não podem ser perpétuas, conversíveis ou permutáveis e a duração máxima do papel é de 10 anos.
Composição da primeira carteira do Índice de debêntures, por emissor:

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Cada emissor pode ter mais de um título incluído no Índice Debêntures Ultra Qualidade DI B3, mas não pode superar o peso de 15% na carteira. O rebalanceamento é feito mensalmente. A primeira carteira do índice conta com 22 ativos, de 8 emissores.
Segundo Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3, a expectativa é licenciar o índice para que sejam criados produtos de investimento, como fundos listados em bolsa (ETF). “Quando a gente lança um índice, nosso objetivo é que ele seja usado como referência para diferentes estratégias e operações”, disse.
“No ano passado, batemos o recorde com o lançamento de sete novos índices, e tivemos o licenciamento de quase todos eles, conseguimos observar uma adesão quase imediata”, completou Cavalheiro.
“A criação de um índice de debêntures significa mais uma contribuição para a ampliação do mercado de renda fixa no país. O indicador já está disponível e poderá ser utilizado como base para o desenvolvimento de novos produtos para os investidores como ETFs e contratos futuros”, explica.

