Reservatórios do Brasil começam 2022 mais cheios

O boletim mais recente divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sinaliza que o consumo de energia no Brasil deve registrar um aumento ainda em janeiro de 1,8%, em relação ao mesmo período do ano passado.

O Sistema Interligado Nacional (SIN) do país, prevê uma demanda de 72,6 mil megawatts (MW) para janeiro de 2022. O aumento da demanda de energia no Brasil está ligado à recuperação econômica. Porém, o preço alto da luz e a escalada na inflação podem interferir negativamente nesses números.

De acordo com relatório do Operador, os reservatórios do País poderão recuperar o volume hídrico noprimeiro mês do ano. A previsão é de que as usinas do Sudeste e do Centro-Oeste alcancem 37% da sua capacidade máxima para o primeiro mês de 2022.

Em setembro de 2021, os reservatórios das regiões tiveram o pior desempenho dos últimos 91 anos, quando possuíam apenas 16% do volume total. Os outros três subsistemas do país também devem apresentaram alta.

Consumo de energia foi recorde no final do ano, apesar das bandeiras tarifárias

O consumo de energia elétrica em novembro no Brasil, última medição, foi o maior para o mês desde o início da série histórica, em 2004, atingindo 41.940 gigawatts-hora (GWh), informou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quinta-feira, 30.

O consumo avançou 1,4% em comparação com mesmo período de 2020. Desde setembro, está em vigor a bandeira escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

O comércio e a indústria puxaram a expansão, segundo a EPE. Em 12 meses, o consumo foi de 499.361 GWh, crescimento de 5,3% comparado ao período anterior. O consumo residencial caiu 3,1%.

O mercado livre apresentou alta de 8,2% no consumo no mês passado, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica retraiu 2,5% em novembro, informou a EPE. (Com agências)