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Difusão da inflação aumenta e 72% do IPCA vem de alimentos e transportes

O índice de difusão do IPCA, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, subiu para 76% em março, na maior inflação em 28 anos

difusão da inflação

Altas de preços foram disseminadas, alcançando oito dos nove grupos que integram o Índice oficial de inflação | Foto: Getty Images

No mês de março, os aumentos nos gastos das famílias com Alimentação e Transportes responderam juntos por cerca de 72% da inflação oficial no País. No entanto, as altas de preços foram disseminadas, alcançando oito dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As famílias gastaram mais com Alimentação e Bebidas (2,42%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,88%), Habitação (1,15%), Artigos de Residência (0,57%) Vestuário (1,82%), Transportes (3,02%), Despesas Pessoais (0,59%) e Educação (0,15%). O único grupo com deflação foi Comunicação (-0,05%).

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O índice de difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, passou de 75% em fevereiro para 76% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A difusão foi de 76,13%, para ser mais preciso. É a maior desde fevereiro de 2016. Na ocasião, foi de 77,21%”, apontou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.

A difusão de itens alimentícios estava em 74% em fevereiro e assim permaneceu em março, enquanto a difusão de itens não alimentícios passou de 75% em fevereiro para 78% em março.

Aumento do gás pressiona o grupo de preços de habitação no IPCA de março

Em Habitação, a alta de 1,15% gerou uma contribuição de 0,18 ponto porcentual para a taxa de 1,62% registrada pelo IPCA.

O avanço no grupo foi puxado pelo aumento dos preços do gás de botijão (6,57%). A Petrobras concedeu em 11 de março um reajuste de 16,06% no preço médio de venda do GLP para as distribuidoras, lembrou o IBGE.

A energia elétrica subiu 1,08% em março, devido a variações que se estenderam de uma queda de 3,18% no Recife (onde houve redução de PIS/Cofins) a uma elevação de 4,66% no Rio de Janeiro, em consequência de reajustes nas duas concessionárias de energia pesquisadas.

O gás encanado aumentou 4,23%, com elevações em Curitiba e Rio de Janeiro. A taxa de água e esgoto subiu 0,11%, com reajustes em Aracaju, Goiânia e Fortaleza.

Em Vestuário, todos os itens tiveram aumentos, com destaque para roupas femininas (2,32%) e calçados e acessórios (2,05%). Os preços das joias e bijuterias subiram 1,18%.

O resultado do grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi puxado pelas altas dos itens de higiene pessoal (2,25%) e produtos farmacêuticos (1,32%).

O plano de saúde caiu 0,69%, refletindo ainda o reajuste negativo de -8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.

Em março, houve alta de preços em todas as 16 regiões que integram o IPCA. A taxa menos acentuada ocorreu em Rio Branco (1,35%), enquanto a mais elevada foi a da região metropolitana de Curitiba (2,40%). (AE)

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