Dólar fecha em alta pelo sétimo dia seguido, com temor de recessão global
A moeda americana avançou 0,38% nesta sessão e foi cotada a R$ 5,13, depois de oscilar entre R$ 5,08 e R$ 5,15; no mês sobe perto de 8%
14/06/2022Após um início de sessão mais calmo, o dólar fechou em alta nesta terça-feira, com os investidores ainda temerosos com uma possível recessão global.
A moeda americana, depois de dar indícios de que operaria no terreno negativo na abertura, terminou a sessão com valendo mais de R$ 5,12. O dólar avançou 0,38% e foi cotado a R$ 5,13, depois de oscilar entre R$ 5,08 e R$ 5,15.
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Com o resultado, a moeda americaba passou a acumular ganhos de quase 8% no mês. No ano, apresenta desvalorização de cerca de 8% frente ao real.
O dólar passou a se valorizar frente ao real depois que o mercado global perdeu fôlego com as incertezas quanto às medidas monetárias dos bancos centrais pelo mundo para conter a inflação. Os dados de preços ao produtor nos Estados Unidos, o PPI, que vieram dentro do consenso.
De acordo com os dados, em maio o indicador subiu 0,8%, na margem dentro do esperado pelo mercado. O núcleo apresentou alta de 0,5%, também dentro do consenso. Já nos 12 meses terminados em maio, a inflação ao produtor americano acumulada é de 10,8%.
Isso pode dar um certo alívio ao mercado às vésperas da reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) que deve decidir por mais uma alta da taxa de juros, que pode ser mais elevada do que o estimado pelos investidores antes dos dados de inflação de maio.
A aposta dos investidores é que a autoridade monetária possa ser mais austera para conter a inflação. E juros altos tende a valorizar a moeda americana, considerada um dos ativos mais seguros do mundo.
No Brasil, o volume de serviços prestados subiu 0,2% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgada há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de 1,7% para 1,4%.
O resultado de abril ficou abaixo da mediana das estimativas, de 0,4%, dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,3% a uma alta de 2,4%.
Na comparação com abril do ano anterior, houve elevação de 9,4% em abril de 2022, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de uma elevação de 3,6% a 13,2%, com mediana positiva de 10,6%. A taxa acumulada no ano ficou em +9,5% e, em 12 meses, alta de 12,8%. (Com AE)