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Dólar cai para R$ 4,91 com investidores de olho na escalada da inflação

Dólar acumula alta de 0,77% no mês e no ano, tem queda de 10,66% frente ao real; nesta quinta-feira, divisa recuou 1,32%

Dólar

A preocupação com a escalada da inflação mundial ainda continua no radar do mercado | Foto: Getty Images

O dólar fechou em queda nesta quinta-feira,19, invertendo a tendência de alta da véspera, quando divisas de países emergentes e ligadas às commodities perderam terreno.

A moeda americana recuou 1,32% e foi cotada a R$ 4,91, depois de oscilar entre R$ 4,88 e 4,95. No dia anterior, o dólar fechou as negociações em alta de 0,80%, a R$ 4,98. Com o resultado, a divisa passou a acumular alta de 0,77% no mês. No ano, tem queda de 10,66% frente ao real.

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Investidores continuam reduzindo posições cambiais porque a elevada taxa de juros no Brasil tem atraído capitais de curto prazo para “carry trade“, o que torna alto o custo de carregamento de posições cambiais compradas no mercado futuro, afirmam os profissionais das mesas de operação. Além disso, a preocupação com a escalada da inflação mundial ainda continua no radar.

Nesta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou a ata da reunião da semana passada que expressa preocupação com a inflação alta no bloco.

Segundo o documento, os novos dados sugeriram que a guerra vai desacelerar a recuperação econômica da zona do euro, mas não deve interrompê-la. Em abril, a taxa anual de inflação na região se manteve no nível recorde histórico de 7,4%.

Além disso, os dirigentes argumentaram que a flexibilidade deve ser condição permanente de instrumentos de política monetária.

“A abordagem não impede um aumento oportuno das taxas se as condições assim o justificarem”, ressalta o documento.

O documento apontou, também, que muitos membros do colegiado estão agora apoiando um aumento da taxa de juros em julho, a primeira alta pelo BCE em mais de uma década, e muitos estão pressionando para elevar sua taxa de depósito para território positivo este ano. Ela está atualmente em -0,5%.

Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego subiram 21 mil na semana encerrada em 14 de maio, a 218 mil, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quinta pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 200 mil solicitações. (Com agências)

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