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Bolsa perde os 109 mil pontos e cotação do dólar fecha semana em R$ 5,37

A Bolsa perdeu 0,76%, aos 108.870 pontos, depois de oscilar entre 108.511 e 111.584 pontos. o volume financeiro desta sessão foi de R$ 33,3 bilhões

Homem com tablete analisando mercado financeiro

A condução da política fiscal pelo próximo governo ainda ficou no radar dos investidores | Foto: Getty Images

Fechamento: O Ibovespa, que começou o dia em alta, inverteu o sinal e se manteve no terreno negativo nesta sexta-feira, 18. A Bolsa perdeu 0,76%, aos 108.870 pontos, depois de oscilar entre 108.511 e 111.584 pontos. O volume financeiro desta sessão foi de R$ 33,3 bilhões. Na semana, o índice perdeu 3,01%. Em novembro, o referencial brasileiro cai 6,18% e no ano avança 3,86%.

“Tivemos mais um dia de queda na bolsa, que ainda vem repercutindo as falas do ex-presidente Lula, que continua tecendo críticas ao teto de gastos em prol dos programas sociais”, disse Cassiano Konig, da GT Capital. “A falta da indicação do novo ministro da economia e sua equipe também colabora deixando o mercado ainda mais volátil. Quem mais perde é o Brasil que vinha despontando como um dos países favoritos para novos investimentos.”

Vale e Petrobras pressionaram o Ibovespa nesta sessão. A mineradora perdeu 2,11% e a estatal, 1,69%. Além desses papéis, as ações de varejistas estiveram entre as maiores baixas do dia. Via Varejo despencou 8,30%, Magazine Luiza, 5,41% e Americanas, 4,86%. IRB Brasil com queda de 8,64% e Natura que se desvalorizou 4,13%, completam o ranking dos piores desempenhos.

No lado positivo, poucas ações se destacaram nesta sessão. São Martinho e Raízen subiram 10,26% e 4,09%, respectivamente. Qualicorp e Vibra avançaram 3,44% e 2,32%.

Lá fora, os índices americanos fecharam em alta. Dow Jones subiu 0,60%, aos 33.747 pontos, S&P 500, 0,48%, aos 3.965 pontos e Nasdaq, 0,01%, aos 11.146 pontos. Na semana, os índices acumularam queda, Dow Jones perdeu 0,01%, S&P 500, 0,69% e Nasdaq, 1,57%.

17h05 Dólar fecha em queda de 0,50% nesta sexta-feira, vendido a R$ 5,37. A cotação da moeda americana oscilou entre R$ 5,32 e R$ 5,39. Na semana, entretanto, a divisa subiu 0,77% e no mês, 4,05%. Em 2022, o dólar acumula queda de 2,62%.

15h20 Bolsa se mantém no vermelho e recua 0,43%, aos 109.226 pontos. Dólar perde 1,26%, vendido a R$ 5,36.

14h00 Ibovespa vira para o negativo e cai 0,55% aos 109.101 pontos.

13h20 Bolsa volta a subir após discurso do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento da Bloomberg, esta manhã, em São Paulo. O índice subiu 1,72%, na máxima aos 111.584,86 pontos. No momento a alta é de 0,11%, aos 109.826 pontos. Campos Neto tranquilizou o mercado falando em convergência da inflação.

12h20 Ibovespa inverte o sinal e passa a recuar levemente em 0,13%, aos 109.557 pontos. Já o dólar permanece no campo negativo e cai 1,26%, vendido a R$ 5,35.

11h30 Em Nova York, índices americanos abrem no campo positivo. Dow Jones avança 0,73%, S&P 500 sobe 0,81% e Nasdaq, 1,03%.

11h20 Após críticas do presidente eleito da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à reação na Bolsa das declarações sobre responsabilidade fiscal, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira, 18, que o mercado não é um monstro, mas sim uma máquina que aloca os recursos da economia.

Durante participação em evento na Bloomberg, ele voltou a dizer que a disciplina fiscal e a preocupação social devem caminhar juntas, e é preciso mostrar a investidores essa convergência. “Se acreditarmos que convergência não acontecerá por fiscal, vamos reagir”, adiantou o presidente do BC.

Ele observou que a população pobre é a mais prejudicada quando as condições são adversas.

“É importante ter disciplina fiscal e olhar para o social”, reforçou Campos Neto. “O Brasil tem o desafio de comunicar que tem disciplina fiscal”, acrescentou, destacando que a incerteza, além de restringir o espaço para gastos, exerce papel relevante na nossa ação da autoridade monetária. (AE)

11h15 Bolsa acelera alta e chega a 111.459, em elevação de 1,60%. Dólar se mantém no campo negativo e é vendido a R$ 5,36. A baixa na cotação da moeda americana neste momento é de 1,06%.

10h15 Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abre em alta de 1,08%, aos 110.885 pontos. No dia anterior, o referencial brasileiro fechou em 109.702 pontos, em baixa de 0,49%. A Bolsa chegou mínima de 107.245 pontos, já a máxima do dia foi de 110.241 pontos. O volume financeiro desta sessão girou em R$ 47,4 bilhões.

Com o resultado desta sessão, o Ibovespa acumula queda de 5,46% em novembro e na semana perde 2,27%. Já no ano, o referencial brasileiro sobe 4,66%.

Já o dólar, aprofunda perdas e é vendido a R$ 5,34. A queda, por agora, é de 1,40%.

9h15 Depois de um dia estressante com o mercado digerindo as falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e a PEC da Transição, que pede licença para gastar quase R$ 200 bilhões fora do teto, o dólar abriu esta sexta-feira em queda.

A moeda americana opera em baixa de 1,19%, vendida a R$ 5,35. No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,40, mas chegou a bater R$ 5,52 na máxima do dia. Foi a maior cotação desde 22 de julho. Com o resultado, a moeda acumula alta de 4,55% frente ao real no mês. No ano, tem queda de 3,12%.

Saiba mais

A condução da política fiscal pelo próximo governo ainda está no radar dos investidores. A PEC da Transição, que foi apresentada na quarta-feira, 16, pelo coordenador da equipe, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, estima um gasto de perto de R$ 200 bilhões para garantir as promessas de campanha, como o auxílio de R$ 600 e o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação.

As declarações do presidente Lula reiterando que a questão social deve se sobrepor à fiscal deixam os investidores em alerta. Ontem, após um discurso na COP-27, o dólar disparou e a Bolsa despencou, mas ao longo do dia, Alckmin tratou de acalmar o mercado dizendo que o governo eleito não será sinônimo de descontrole fiscal.

E não foi somente o mercado que viu nas declarações uma indicação do que deve permear a política fiscal no novo governo. Os economistas Arminio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan, que durante o segundo turno das eleições presidenciais divulgaram uma nota conjunta em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, publicaram uma carta aberta endereçada ao presidente eleito em que rebatem críticas do petista ao teto de gastos e ao mercado financeiro. O texto foi publicado no jornal Folha de S.Paulo desta sexta-feira.

Segundo eles, a alta do dólar e a queda da Bolsa não são produto da ação de “especuladores mal-intencionados” e o teto de gastos “não tira dinheiro da educação, da saúde, da cultura, para pagar juros a banqueiros gananciosos”.

“É preciso que não nos esqueçamos que dólar alto significa certo arrocho salarial, causado pela inflação que vem a reboque. Sabemos disso há décadas. Os sindicatos sabem”, escrevem.

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