Ibovespa volta a 119 mil pontos pela primeira vez desde agosto
Dólar fecha em baixa de 0,25%, cotado a R$ 4,83; com forte fluxo estrangeiro, Ibovespa tem o melhor resultado em 6 meses
24/03/2022
Aumento do fluxo estrangeiro acelera queda do dólar pelo sétimo dia seguido | Foto: Getty Images
Depois de uma manhã volátil, o Ibovespa, o principal índice da bolsa brasileira, acelerou em rompeu a barreira dos 119 mil pontos, pela primeira vez no ano, o que não acontecia desde agosto do ano passado. O índice subiu 1,36%, chegando a 119.052 pontos.
A alta na bolsa nesta quinta-feira foi puxada pelo forte ingresso de capital estrangeiro, além da expectativa de fim do aperto monetário no Brasil, após indicações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
Até o dia 21, ingressaram no país R$ 75 bilhões, volume maior do que o resultado de todo o ano passado, segundo Rafael Foscarini, da Belo Investment Research.
O dólar abriu em queda também influenciado pelos investimentos estrangeiros, atraídos pela taxa de juros de 11,75% ao ano e pela busca de ofertas de ações de empresas com potencial de crescimento. A moeda americana fechou em queda de 0,25% a R$ 4,83, depois de oscilar entre R$ 4,76 e R$ 4,85.
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Segundo Rodrigo Crispi, da Guide Investimentos, o dia foi positivo para a bolsa com o fechamento forte da curva de juros, após a publicação do Relatório Trimestral da Inflação (RTI) e a indicação de fim do aperto monetário. Diante disso, ações de empresas varejistas e de tecnologia se destacaram no índice, com a Magazine Luíza figurando entre as maiores altas.
“Mesmo as empresas ligadas às commodities tiveram um bom desempenho nesta quinta-feira, com Vale e as siderúrgicas em alta”, disse Crispi. “Salvo as PetroRio, as petroleiras também acompanharam a alta assim como os frigoríficos e as empresas de celulose e papel. “
Os contratos futuros de minério de ferro, por exemplo, os de referência na bolsa de commodities de Dalian, na China, subiram 1,3%, para 818 yuans por tonelada. Já o petróleo fechou em em trajetória de queda nesta sessão, com o barril do Brent chegando a US$ 115,30, recuo de 2,08%. “Com o dólar e a curva de juros recuando é um bom momento para os ativos de risco no Brasil”, disse Crispi. “Esperamos que essa tendência permaneça no pregão de sexta-feira.”
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