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Dólar cai a R$ 5,42 com investidor estrangeiro; Ibovespa sobe 1,19%

Queda do dólar reflete novas entradas de investidores estrangeiros; Ibovespa opera em alta após a decisão do Fed sobre juros e PIB dos EUA

Dólar

No mercado futuro, prossegue o desmonte de posições cambiais defensivas em meio fortalecimento do petróleo e alta das commodities | Foto: Getty Images

O dólar à vista fechou em baixa de 0,32%, a R$ 5,4238, depois de oscilar entre R$ 5,3541 e R$ 5,4354 no dia seguinte à decisão do Federal Reserve sobre a política monetária dos Estados Unidos a partir de março, quando começam a ser retirados os estímulos criados na pandemia.

Com impulso das ações ligdos a commodities e ao setor financeiro, a Bolsa operou em alta. O bom desempenho de papéis de varejistas também puxou a alta do Ibovespa, que fechou em alta de 1,19%, aos 112.611,65 pontos, depois de oscilar entre 111.302,93 e 1113.057,03. O volume financeiro foi de R$ 35,3 bilhões.

O economista-chefe da J.F.Trust, Eduardo Velho, afirma que a ampliação da queda reflete novas entradas de investidores estrangeiros que seriam destinadas ao mercado de renda fixa, principalmente.

“Os estrangeiros estão sendo atraídos pela perspectiva de alta de mais 150 pontos da Selic, a 10,75% ao ano, na próxima semana, e pela percepção de que o aperto monetário do Banco Central deverá se estender por mais tempo, além da reunião de março do Copom. O Banco Central poderá prolongar o ciclo de alta até maio, quando a Selic poderia subir a pelo menos 12,25% ao ano”, calcula o economista.

No mercado futuro, prossegue também o desmonte de posições cambiais defensivas em meio fortalecimento do petróleo e alta das commodities metálicas, que beneficiam mercados emergentes exportadores de matérias-primas, como o Brasil, acrescentou.

Bolsa opera em alta e dólar em queda

O Ibovespa buscou novas marcas já no início do pregão desta quinta-feira, subindo com força e com valorização da maioria das ações que compõe a carteira, com destaque para papéis de commodities e do setor financeiro.

Em Nova York, os índices futuros de ações também ganharam força há pouco, de olho em balanços do quarto trimestre e em dados dos EUA, como o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre (preliminar).

O PIB norte-americano mostrou que a economia subiu a ritmo anualizado de 6,9% no período, ante previsão 5,5%. O resultado reforça que a atividade americana segue em recuperação firme, corroborando a sinalização do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), Jerome Powell, de que é preciso elevar juros em breve e de forma acelerada. Já os pedidos semanais de auxílio-desemprego dos EUA cederam a 30 mil, para 260 mil, ante projeção de 265 mil.

“Reforça o que Powell falou após a decisão de política monetária ontem, de que a economia vem se recuperando, de que os EUA estão conseguindo melhorar o emprego, que de fato os estímulos podem ser reduzido, e que a economia consegue caminhar com as próprias pernas”, avalia Lucas Carvalho, especialista em Renda Variável na Blue3.

Ontem, o Fed indicou alta de juros começando em março, como o esperado, porém, as palavras duras de Powell levaram ao entendimento de que o processo se dará de forma mais agressiva, a fim de conter a persistência inflacionária.

Já quanto o Brasil, o mercado monitora os riscos fiscais, com a PEC dos Combustíveis no radar e a decisão de governadores de congelar o ICMS dos combustíveis por mais 60 dias. No entanto, o congelamento beneficia as ações da Petrobras e, por tabela, o Ibovespa. Além disso, a valorização das commodities ampara o Ibovespa para cima. (AE)

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