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Dólar fecha em alta pelo terceiro dia seguido

A moeda americana subiu 0,53% e foi vendida a R$ 5,16, depois de oscilar entre R$ 5,14 e R$ 5,21, nesta quarta-feira, 17

Dólar

No acumulado dos 12 meses até julho, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 65,6 bi, o que representa 3,73% do PIB | Foto: Getty Images

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira, 17, mantendo a sequência positiva da semana. A moeda americana subiu 0,53% e foi vendida a R$ 5,16, depois de oscilar entre R$ 5,14 e R$ 5,21.  

Com o resultado desta quarta-feira, passou a acumular recuo de 0,13% no mês. No ano, tem desvalorização de 7,27% frente ao real.

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Os investidores avaliaram a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em que os juros foram aumentados em 0,75 ponto percentual, o que fez a taxa ficar com um intervalo entre 2,25% e 2,50% ao ano.  

No documento, o Fed avaliou que em julho haviam pequenas evidências de que a inflação estava desacelerando e com isso o controle dos preços deveria demorar por mais tempo.

A autoridade monetária informou que a expectativa de inflação ao produtor deve cair para 2,2% em 2023 e para 1,9% em 2024 e isso reflete “a desaceleração prevista no núcleo da inflação e uma desaceleração rápida projetada nos preços de alimentos e energia ao consumidor nos próximos trimestres”.

“Os membros afirmaram que o Comitê estava fortemente comprometido em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%”, diz o Fed em ata. “Os membros observaram que permaneceram altamente atentos aos riscos de inflação.”

Para Davi Lelis, economista e sócio da Valor investimentos, a inflação nos EUA segue forte e a ata deixou em aberto os próximos passos para a alta dos juros no país. “Os EUA mais receosos e vão aguadar os próximos dados da economia e ver como eles vão sair para definir a condução da política monetária”, disse Lelis. “Caso o cenário inflacionário melhore, há uma possibilidade de uma alta menor dos juros nos EUA ou até mesmo manutenção da taxa na próxima reunião.”

Na semana passada, foram divulgados os dados de inflação. O CPI de julho veio estável em relação ao mês anterior.

Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o núcleo do CPI, que exclui energia e alimentos, caiu 0,3% no comparativo.

Conforme os dados, em 12 meses, a inflação nos Estados Unidos recuou de 9,1% em junho para 8,5% em julho.

Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos recuou 0,5% em julho na comparação com junho, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho americano.

No acumulado em 12 meses, o PPI desacelerou de 11,3% em junho para 9,8% em julho. O resultado veio muito melhor que o esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv projetava uma alta mensal de 0,2% e anual de 10,4%.

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