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Dólar cai abaixo de R$ 5 pela primeira vez em sete meses

Com perda de quase 10% desde o início do ano, dólar fechou cotado a R$ 5, após queda de 0,94% nesta quarta-feira

Câmbio dólar

A percepção de que os investimentos no Brasil ficam mais atrativos realimentou o fluxo estrangeiro e a queda expressiva ante o real | Foto: Getty Images

O dólar fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo e chegou a ficar abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde 30 de junho do ano passado. A queda nesta quarta-feira, 23, foi de 0,95%, para R$ 5,0042.

A moeda norte-americana chegou a cair a R$ 4,9946 na mínima para o dia no mercado à vista – após furar o suporte psicológico dos R$ 5. A cotação máxima nos negócios desta quarta-feira foi de R$ 5,0511. 

O Ibovespa caiu a 112,6 mil pontos, após subir na abertura, acompanhando uma sessão volátil em Nova York, onde as bolsas testaram uma alta no início do dia, sem sucesso. A interpretação de que as sanções do Ocidente à Rússia não foram tão pesadas, ao menos até agora, deu certo ânimo inicial, que não se sustentou.

Saiba mais

Em coletiva hoje, o diretor do Banco Central Fernando Rocha afirmou que permanece significativa a entrada de investimentos estrangeiros em ações e na renda fixa, o que ajuda a explicar a queda do dólar. Isso ajuda os DIs, que hoje devolvem prêmios em toda a curva, apesar do IPCA-15 de fevereiro (0,99%) maior que o esperado.

A economista-chefe da CM Capital Markets, Carla Argenta, afirma que o dólar já abriu em baixa, alinhado à tendência da moeda no exterior, mas após IPCA-15 acima do esperado, a percepção de que os investimentos no Brasil ficam mais atrativos realimentou o fôlego das entradas de fluxo estrangeiro e a queda expressiva ante o real.

Arrecadação acima do esperado também pressionou o dólar

Argenta explica que o resultado da arrecadação federal veio acima do teto das expectativas e os dados do setor externos foram positivos também, apoiando a queda. 

Segundo a economista, a arrecadação elevada diminui a necessidade do Brasil de emitir dívida para se financiar e o risco Brasil cai.

Além disso, o IPCA-15 alto jogou a taxa de juros curta para cima mais cedo, mas por outro lado o resultado fiscal positivo torna o Brasil mais seguro, aumenta a capacidade de solvência do país, e favorece a queda de juros futuros. (Com AE)

 

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