close

Dólar fecha em alta com temor de recessão global

Em dia de ata do Fed, a moeda americana avançou 0,60% e foi cotada em R$ 5,42, depois de oscilar entre R$ 5,39 e R$ 5,46 nesta quarta-feira

Dólar

Os investidores ainda estão em busca de pistas sobre a condução da política monetária dos Estados Unidos | Foto: Getty Images

O dólar fechou em alta nesta quarta-feira em dia de ata do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e com os investidores em busca de pistas sobre a condução da política monetária dos Estados Unidos.

A moeda americana avançou 0,60% e foi cotada em R$ 5,42, depois de oscilar entre R$ 5,39 e R$ 5,46. Este foi o maior patamar desde janeiro.

Com o resultado desta sessão, a divisa acumula ganhos de em torno de 3,5% em julho. No ano, no entanto, ainda tem desvalorização de pouco mais de 2% frente ao real.

Saiba mais

Nesta quarta-feira, o Fed divulga a ata da última reunião e deve vir mais contracionista do que o mercado espera. Isso porque os últimos dados da inflação e desaceleração econômica dos Estados Unidos demonstram que a recessão pode reduzir a inflação.

“Os índices futuros nos EUA operam próximos da estabilidade em meio à preocupação com a possibilidade de recessão”, informa o Banco Safra em relatório. “De acordo com a Bloomberg Economics, as chances de recessão nos EUA no próximo ano são de 38%.”

Além disso, a preocupação de novas restrições na China em razão de novos focos de covid-19, afetou as commodities esta manhã. O contrato de minério de ferro para o próximo mês na Bolsa de Cingapura chegou a recuar 5,4%, para US$ 106,45 a tonelada. A queda foi de 1,3%, a US$ 111.

Na bolsa chinesa de Dalian, no entanto, o contrato mais negociado do ingrediente siderúrgico, para o mês de setembro, fechou as negociações com alta de 1,8%, a 747 yuans (US$ 111,42) a tonelada, depois de oscilar descontroladamente entre perdas e ganhos ao longo da sessão.

O petróleo, após o tombo da sessão da véspera, iniciou os negócios em alta, passou a cair. O barril do Brent recuou 2,02% e foi negociado a US$ 100,69.

No Brasil, as atenções continuam na possibilidade de aumento do endividamento no país com a aprovação Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos combustíveis na Câmara. A medida já passou pelo Senado Federal e agora tramita na Câmara dos Deputados.

Com mais um novo benefício, um auxílio-gasolina para taxistas, o custo do pacote que vai ficar fora do teto de gastos chega a R$ 41,2 bilhões. Segundo o governo, as medidas têm como objetivo reduzir o impacto da disparada dos combustíveis.

Segundo o Banco Safra, os gastos além do teto podem ser superiores aos R$ 41,2 bilhões, com o aumento do valor do Auxílio Brasil, Vale gás e a inclusão do auxílio para motoristas de app.

Abra sua conta

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra