Dólar fecha em queda à espera dos juros nos EUA
A moeda americana recuou 1,79% nesta segunda-feira e fechou cotada a R$ 5,16, depois de chegar a R$ 5,30; no mês acumula perda de 0,68%
19/09/2022O dólar fechou em queda, depois de abrir em alta e chegar a R$ 5,30. A moeda americana recuou 1,79% e fechou cotada a R$ 5,16.
Com o resultado, o dólar inverteu a tendência positiva no mês e agora acumula perda 0,68% em setembro. No ano, a desvalorização é de 7,46% frente ao real.
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No mercado local, os investidores avaliaram as estimativas da Pesquisa Focus, do Banco Central (BC) para inflação, Produto Interno Bruto (PIB), Selic e câmbio.
Pelo levantamento, pela 12ª vez seguida a estimativa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi reduzida. Para 2022, a expectativa para alta do IPCA passou de 6,40% para 6,00%, reflexo das desonerações patrocinadas pelo governo para baixar combustíveis e energia e, também, do recuo dos preços de gasolina.
Em relação a 2023, a mediana recuou pela quinta semana consecutiva, de 5,17% para 5,01%, contra 5,33% quatro semanas antes.
Já a estimativa do PIB em 2022, de acordo com o Focus, saltou de 2,39% para 2,65%, 12ª alta seguida, contra 2,02% há um mês. A estimativa para a expansão do PIB em 2023, por sua vez, continuou em 0,50%, ante 0,39% um mês antes.
As projeções para câmbio e Selic permaneceram as mesmas nesta pesquisa. A estimativa para o câmbio este ano continuou em R$ 5,20, mesmo valor de um mês antes. Para 2023, também permaneceu em R$ 5,20, repetindo a estimativa de quatro semanas atrás.
O mercado financeiro continuou a projetar que a taxa Selic deve terminar este ano em 13,75%. Para o fim de 2023, a mediana para a Selic também permaneceu em 11,25%, contra 11,00% há um mês.
No exterior, os investidores ainda ficaram em compasso de espera sobre a nova alta dos juros americanos que deve ser anunciada na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) nesta quarta-feira.
Segundo o Banco Safra, a inflação para o consumidor americano permaneceu pressionada em agosto, o que reforça a expectativa do Fed manter um ritmo forte de aperto monetário.
“Esperamos que o banco central americano eleve a taxa de juros para 4,5% até o início do próximo ano e que o PIB real contraia em 0,5% em 2023”, informou o banco em relatório.