Com risco fiscal, dólar sobe a R$ 5,32, maior valor em cinco meses
Temor de risco fiscal com aprovação da PEC dos combustíveis faz o dólar seguir escalada altista; divisa teve alta de 1,65% na sessão e 1,55% na semana
01/07/2022
Os investidores monitoram os riscos fiscais no Brasil com a aprovação do pacote de bondades que deve ter impacto de mais de R$ 40 bilhões acima do teto | Foto: Getty Images
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira com os investidores monitorando os riscos fiscais no Brasil após o Senado Federal ter aprovado o pacote de benesses, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos Combustíveis, que deve ter um impacto de mais de R$ 40 bilhões acima do teto.
A moeda norte-americana subiu1,65% e fechou cotada em R$ 5,32, o maior valor desde 4 de fevereiro. Na semana, a divisa se valorizou 1,55%.
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Com mais um novo benefício, um auxílio-gasolina para taxistas, o custo do pacote que vai ficar fora do teto de gastos chega a R$ 41,2 bilhões. Segundo o governo, as medidas têm como objetivo reduzir o impacto da disparada dos combustíveis.
O relator da PEC, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), alterou o parecer final e limitou a definição do estado de emergência, previsto no texto, para blindar o presidente Jair Bolsonaro de infringir a lei eleitoral.
O trecho retirado da proposta era visto pela oposição como uma “carta branca” para o governo gastar durante a eleição. Isso porque a legislação impede, em situação normal, a criação de benesses em ano eleitoral, exceto em caso de estado de emergência ou calamidade.
No exterior, o foco permaneceu nos temores de uma recessão global, com os investidores em busca de pistas sobre a trajetória das taxas dos juros nos EUA e na Europa.
A inflação da zona do euro atingiu mais um recorde em junho, alcançando 8,6% em 12 meses.
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