Dólar fecha em alta com aversão ao risco

O dólar fechou em alta nesta terça-feira, 30, com os investidores ainda em busca de pistas sobre a condução da política monetária das grandes economias, como a dos Estados Unidos. A moeda americana subiu 1,58%, vendida a R$ 5,11.A oscilação do dia ficou entre R$ 5,01 e R$ 5,12.

Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 0,88%, a R$ 5,03, no menor patamar desde 15 de junho. Com o resultado, acumula queda de 1,34% no mês. No ano, tem desvalorização de 8,19% frente ao real.

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Além dos Estados Unidos, os investidores também monitoraram as medidas do Banco Central Europeu (BCE) para conter a maior inflação do bloco dos últimos 40 anos. A autoridade também sinaliza que pode apertar mais a política monetária

As apostas do mercado eram de que o BCE deve elevar os juros em 75 pontos-base em 8 de setembro, não em 50 pontos-base. Alguns dirigentes vieram a público nos últimos dias e mencionaram a importância de agir com contundência para conter a inflação.

Nos EUA, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, disse à Bloomberg que estava satisfeito com a reação dos mercados ao discurso mais duro do presidente do BC americano, Jerome Powell, na sexta-feira. Segundo Kashkari, a reação mostra que os investidores entendem a força do compromisso do Fed para conter a inflação.

No mercado local, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta terça-feira o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) de agosto, que mostrou deflação de 0,70% em agosto, após alta de 0,21% em julho.

A queda foi maior do que indicava a mediana das projeções dos analistas, de -0,56%, com estimativas de -0,94% a -0,30%. A inflação acumulada em 12 meses pelo IGP-M arrefeceu de 10,08% para 8,59%. No ano de 2022, o indicador acumula alta de 7,63%.