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Dólar fecha em alta com temor de recessão global

A moeda americana subiu 0,45% nesta sessão e foi cotada a R$ 5,17, depois de oscilar entre R$ 5,12 e R$ 5,18; no ano perde quase 7%

Dólar

O dólar subiu com os investidores monitorando a trajetória dos juros nos Estados Unidos | Foto: Getty Images

O dólar fechou os negócios em alta nesta quarta-feira, com os investidores monitorando a trajetória dos juros nos Estados Unidos. A moeda americana subiu 0,45% e foi cotada a R$ 5,17, depois de oscilar entre R$ 5,12 e R$ 5,18.

Com o resultado desta sessão, a moeda americana passou a acumular alta de quase 9% no mês. No ano, entretanto, tem desvalorização de em torno de 7% frente ao real.

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No exterior, o foco dos investidores se manteve nas medidas do Federal Reserve (Fed, Banco central americano) para conter a alta da inflação nos Estados Unidos.

Na quarta-feira, 15, o Fed endureceu o tom e subiu a taxa de juros em 75 pontos-base, num ritmo não visto em décadas. De lá para cá, recados do presidente da instituição e de diretores fizeram crescer as apostas de que o aperto deve seguir agressivo.

Em discurso no Senado americano, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a instituição está fortemente comprometida a reduzir a inflação doméstica e atuando rapidamente para garantir que isso se concretize.

Powell afirmou que o Fed dispõe de instrumentos e vontade para restaurar a estabilidade dos preços nos EUA, que estão nos maiores patamares em cerca de quatro décadas.

Juros mais altos nos EUA tendem a valorizar o dólar, já que elevam a atratividade da dívida americana, considerada a mais segura do mundo.

As commodities também pressionaram o dólar nesta sessão. O petróleo tipo Brent fechou em queda. O óleo recuou 2,54% e foi negociado a US$ 111,74.

No dia anterior, o barril do Brent fechou em leve alta de 0,46% e foi cotado a US$ 114,65. Na semana, acumula queda de 4,14% e no mês a desvalorização beira os 12%.

Com essa dinâmica dos preços do petróleo, o mercado observa as tentativas do governo brasileiro em barrar os constantes reajustes dos combustíveis e uma possível interferência na governança da Petrobras.

Ontem, a companhia informou que  o Comitê de Elegibilidade vai se reunir na sexta-feira (24) para analisar a indicação de Caio Paes de Andrade para a presidência da estatal.

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