Dólar fecha em queda com expectativa da superquarta
Moeda americana fechou em baixa de 0,25% e foi vendida a R$ 5,15, depois de oscilar entre R$ 5,14 e R$ 5,22
20/09/2022Em uma sessão de perdas e ganhos, o dólar fechou em queda às vésperas da “superquarta”, dia em que haverá decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
A moeda americana fechou em baixa de 0,25% e foi vendida a R$ 5,15, depois de oscilar entre R$ 5,14 e R$ 5,22. Com o resultado desta sessão, o dólar acumula queda no mês, de 0,95%. No ano, a divisa tem queda de 7,61% frente ao real.
Os investidores ainda aguardaram as decisões sobre as políticas monetárias, principalmente nos Estados Unidos. O mercado espera que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) promova a terceira alta seguida em 0,75 ponto percentual na reunião de amanhã.
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Na avaliação do Banco Safra, a inflação para o consumidor americano permaneceu pressionada em agosto, o que reforça a expectativa do Fed manter um ritmo forte de aperto monetário.
“Esperamos que o banco central americano eleve a taxa de juros para 4,5% até o início do próximo ano e que o PIB real contraia em 0,5% em 2023”, informou o Safra em relatório.
Na semana passada, foi divulgada a inflação do consumidor medida pelo CPI. Esses dados servem de parâmetro para os investidores fazerem as apostas sobre a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos. Juros altos tendem a afugentar os aportes em ativos de risco.
O índice subiu 0,1% em agosto, na comparação com julho, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho americano.
A inflação para o consumidor mostra alta de 8,3% no acumulado em 12 meses, uma desaceleração em relação a julho (+8,5%).
Por aqui, a aposta é pelo fim do ciclo de aperto monetário nesta quarta-feira. Segundo levantamento, para 41 das 50 instituições financeiras ouvidas pelo Projeções Broadcast, a taxa deve ser mantida em 13,75% na reunião que começa hoje e termina amanhã, movimento que encerraria o mais longo ciclo de aperto monetário da história.
No entanto, economistas reconhecem que aumentou o risco de ajuste residual de 0,25 ponto. O Banco Safra está entre os que acreditam na manutenção da taxa no nível atual.