Dólar fecha em alta e chega a R$ 5,26 com temor fiscal
A moeda americana subiu 0,60% e alcançou o maior patamar desde 7 de fevereiro; com o resultado, passou a acumular alta de quase 11% em maio
28/06/2022
Os investidores continuaram monitoriando os esforços das economias para controlar a inflação | Foto: Getty Images
O dólar fechou em alta nesta terça-feira, 28. A moeda americana avançou 0,60% e era cotada em R$ 5,2660, depois de oscilar entre R$ 5,18 e R$ 5,27. Este foi o maior valor desde 07 de fevereiro, quando a divisa alcançou R$ 5,2636.
Com o resultado, o dólar passou a acumular alta de quase 11% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de pouco mais de 5% frente ao real.
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Os investidores continuaram monitoriando os esforços das economias para controlar a inflação. Ontem, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, voltou a assegurar que a política monetária adotada pela autarquia é capaz e vai frear o processo inflacionário no Brasil e avaliou que a maior parte do processo já foi feito.
“Avaliamos que a maior parte do processo já foi feito”, disse Campos Neto. “Precisamos fazer trabalho de ancorar expectativas, é muito importante”.
Além disso, as commodities também pressionam o dólar. Lá fora, os preços do petróleo tinham alta de mais de 1%, com o barril do Brent chegando a US$ 117, depois que a China afrouxou as medidas de covid zero e com notícias de que os líderes do G7 concordaram em estudar a colocação de tetos de preços nas importações de petróleo e gás russos.
Em comunicado nesta segunda, o grupo reafirmou que trabalhará para limitar o uso de energia fóssil e caminhar para avançar em energias renováveis.
No mercado local, o risco fiscal segue no foco. O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite de segunda-feira a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada que o piso do Auxílio Brasil pode ser elevado de R$ 400 para R$ 600 nesta terça-feira.
O plano do governo é inserir a elevação do benefício social – a menos de 100 dias das eleições – na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis, relatada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e que será apresentada ainda nesta terça-feira.
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