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Após dia volátil, dólar fecha em alta a última sessão de julho

A divisa terminou o dia e o mês  vendida a R$ 5,17, evolução de 0,21%; com isso, teve perdas de 5,90% na semana e 1,16% no mês e no ano acumula desvalorização de 7,20%.

Dólar

O dólar se sustenta na política agressiva de juros dos EUA, que leva um fluxo de capital forte para o mercado americano| Foto: Getty Images

Depois de um dia marcado pela volatilidade, o dólar fechou em alta nesta última sessão do mês de julho. A moeda americana, que iniciou os negócios em expansão, inverteu o rumo logo após a sinalização de que o Federal Reserve (Banco central americano) pode ser menos contracionista na condução do ritmo de elevação dos juros nas próximas reuniões.

No entanto, com a divulgação dos dados da inflação medida pelo PCE (índice de preços de gastos com consumo, na sigla em inglês), a divisa voltou para o terreno negativo.

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No início da manhã, o presidente do Fed em Atlanta, Raphael Bostic, disse que a magnitude das próximas altas depende de dados econômicos. Ele reiterou que a autoridade continuará elevando os juros para controlar a inflação.

Para ele, os EUA não estão em recessão, embora o PIB tenha contraído dois trimestres consecutivos.

No entanto, com a divulgação da alta dos preços fez a moeda americana escalar sobre outras divisas. O PCE de junho subiu 1% na comparação com maio e 6,8% ante o mesmo período de 2021. Este é o maior avanço anual em 40 anos.

Já o núcleo do PCE avançou 0,6% em junho na comparação mensal e 4,8% na anual, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Departamento de Comércio americano.

O resultado ficou acima das expectativas do mercado, pois o consenso projetava uma alta de 0,5% na base mensal e de 4,7% na anual, e acelerou em relação a maio.

A inflação do consumo americano em junho foi fruto de uma alta de 1,5% no preço de bens e de 0,6% no de serviços, na comparação com maio (ante junho  de 2021, as altas são de 10,4% e 4,9%).

O CME Group acredita que as chances de uma alta 0,75 ponto percentual na reunião do Fed em setembro aumentaram depois dos dados de inflação. Segundo a ferramenta, a alta de 0,50 p.p ainda é majoritária, mas perdeu força em relação a ontem. Isso deu força para o dólar escalar sobre outras moedas.

Com este sobe e desce, a moeda americana terminou o dia e o mês  vendida a R$ 5,17, uma aceleração de 0,21%, depois de oscilar entre R$ 5,14 e R$ 5,21. Com o resultado, a divisa acumulou perdas de 5,90% na semana e 1,16% no mês. No ano, a desvalorização foi de 7,20%.

Para Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos, o dólar, apesar de ter apresentado queda frente ao real no mês, vem de um movimento de alta no mundo. “O índice DXY, que é a comparação entre o dólar e uma cesta de moedas, está perto das máximas”, disse. O índice recuou 0,44%, para 105,888 pontos, acumulando alta de 1,10% em julho.

Segundo ele, o dólar se sustenta na política agressiva de juros dos Estados Unidos, que leva um fluxo de capital forte para o mercado americano. “Em julho, o euro perdeu força frente ao dólar e ficou valendo o mesmo valor. Essa fuga de capital é o refúgio para o investidor. Dólar ainda tem uma tendência de valorização”, afirmou Varejão.  

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