Dólar fecha em queda após PIB fraco dos Estados Unidos
O A moeda americana recuou 1,67% e foi vendida a R$ 5,16, depois de atingir a máxima de R$ 5,27, a menor cotação desde 17 de junho (R$ 5,15)
28/07/2022O dólar fechou em baixa nesta quinta-feira, 28, após o anúncio de queda do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos. A divisa abriu em alta por causa da elevação dos juros no mercado americano, mas virou o sinal após recessão técnica na maior economia do mundo. A moeda americana recuou 1,67% e foi vendida a R$ 5,16, depois de atingir a máxima de R$ 5,27.
A cotação da moeda americana nesta sessão foi a menor desde 17 de junho (R$ 5,15). Com o resultado desta quinta, a divisa acumula queda de mais de 1% no mês e no ano, tem desvalorização de mais de 7%.
Saiba mais
- Prévia da inflação de junho acelera com alta nos planos de saúde
- Invista com segurança e baixo valor de aplicação
- A estratégia do fundo Safra Galileo diante do risco de recessão nos EUA
A economia dos Estados Unidos recuou pelo segundo trimestre consecutivo, o que faz o país entrar em recessão técnica. No período, o PIB americano teve uma retração de 0,9% no comparativo anual. No trimestre anterior a queda foi de 1,6%. O indicador veio bem abaixo do esperado pelo mercado, que estimava um avanço de 0,4% no período.
Isso fez o dólar virar nesta sessão, pois, ainda havia resquícios da elevação da taxa de juros americana no dia anterior. Ontem, o Fed anunciou uma alta de 0,75 ponto percentual, em vez de cenário de 1 ponto percentual completo, uma vez que dados de preços de junho vieram melhores do que o esperado. Com isso, o intervalo de juros nos Estados Unidos passou para 2,25% a 2,50% ao ano.
Em ata, o comitê informou que busca alcançar o máximo de emprego e uma inflação em 2% no longo prazo. “O Comitê está fortemente comprometido em devolver a inflação à meta de 2%. O Comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do Comitê”, informou.
Para Marcelo Oliveira, fundador da Quantzed, o Fed divulgou um discurso duro destacando a preocupação com a inflação. “Mesmo com dados de atividades mais leves tanto de gastos e produção, o mercado de trabalho está muito aquecido com taxa de desemprego baixa e com a inflação permanecendo elevada”, disse Oliveira. “Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia continuam criando forte pressão na inflação. Então, o FED continuará atento aos dados de inflação e possivelmente teremos próximas altas.”
No mercado doméstico, os investidores ainda estão cautelosos quanto ao controle fiscal do governo após a aprovação da PEC das Bondades, ou PEC Kamikaze, que elevou as despesas do governo em mais de R$ 40 bilhões acima do teto.