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Dólar fecha em queda com apetite ao risco

A moeda americana fechou em queda de 0,61% e foi vendida a R$ 5,20, depois de oscilar entre R$ 5,18 e R$ 5,23 nesta sessão

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Os investidores monitoraram as políticas monetárias adotadas no exterior e no mercado local para controlar a inflação| Foto: Getty Images

O dólar fechou em queda nesta volta do feriado no Brasil com os investidores monitorando as políticas monetárias no exterior e no mercado local.

A moeda americana fechou em queda de 0,61% e foi vendida a R$ 5,20, depois de oscilar entre R$ 5,18 e R$ 5,23. Com o resultado, o dólar acumulou ganho de 0,11% no mês. No ano, tem desvalorização de 6,65% frente ao real.

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No mercado local, o Banco Central divulgou o fluxo cambial do ano até agosto que ficou positivo em US$ 21,607 bilhões. Em igual período do ano passado, o resultado era parecido, positivo em US$ 21,016 bilhões. Já no ano fechado de 2021, houve entrada líquida de US$ 6,134 bilhões.

A saída líquida pelo canal financeiro em 2022 até agosto foi de US$ 11,398 bilhões. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 377,298 bilhões e de retiradas no total de US$ 388,695 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No exterior, os investidores permaneceram cautelosos com a decisão sobre política monetária do Banco Central Europeu (BCE) que anunciou elevação da taxa de juros do bloco em 0,75 ponto percentual.

Segundo o BCE, a taxa de refinanciamento foi aumentada em 0,75 p.p para 1,25%. Além disso, a taxa de depósito foi para 0,75%, uma elevação de 0,75 p.p.

Já a taxa de empréstimos, de acordo com a autoridade europeia, foi para 1,50% ao ano, a alta foi de 0,75 p.p.

As medidas adotadas pelo BCE foram para tentar controlar a inflação na zona do euro que é a maior em 40 anos. O índice de preços ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) subiu 9,1% em agosto, puxado pela alta dos preços dos combustíveis com a guerra.

O resultado de agosto superou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam estabilidade da taxa em 8,9%.

Por aqui, o mercado avalia as falas dos dirigentes do Banco Central do Brasil (BC) mais duras sobre a política monetária no país. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode fazer mais uma elevação residual na Selic na reunião deste mês.

“Aproveitamos eventos como esse para nos manifestar e a mensagem que continua valendo hoje é a do último Copom, que a gente disse que avaliaria um possível ajuste final”, disse Campos Neto, na segunda-feira.

Já na terça-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, reforçou que a postura do BC dos próximos trimestres é de “guarda alta”. “Na ausência de um choque positivo, é desafiador ver o processo de desinflação na velocidade que queremos, que é bastante alta para os padrões históricos do Brasil. É uma coisa que temos que acompanhar de forma vigilante”, reafirmou.

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