Dólar fecha em baixa frente ao real com ajuda das commodities
Moeda americana recuou 2,35% e foi vendida a R$ 5,36, depois de registrar a máxima intradiária de R$ 5,47; na sexta-feira passada, a divisa chegou a tocar os R$ 5,50
25/07/2022Depois de uma sessão com o dólar mais fraco no mercado mundial, a moeda americana iniciou a semana em queda com os investidores à espera dos dados de PIB nos Estados Unidos e do ritmo de alta dos juros naquele país. A divisa recuou 2,35% e foi vendida a R$ 5,36, depois de registrar a máxima intradiária de R$ 5,47. Na sexta-feira passada, a divisa chegou a tocar os R$ 5,50.
A baixa da moeda americana, principalmente frente ao real, ocorreu pela melhora das commodities, que ajudaram a melhorar o fluxo cambial no mercado local. O real, inclusive, teve um desempenho melhor em comparação à cesta de moedas internacionais.
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Nesta semana, terá mais uma reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano) em que se decidirá por uma nova alta nas taxas de juros nos Estados Unidos.
O mercado aposta em uma elevação dos juros em 0,75 ponto percentual, em vez de cenário de 1 ponto percentual completo, uma vez que dados de preços de junho vieram melhores do que o esperado.
Além da expectativa para a decisão do Fed, os investidores também aguardam a divulgação dos dados do PIB americano para o segundo trimestre e se vier negativo, os Estados Unidos poderão entrar em recessão técnica.
“O dólar recuou nesta sessão, o que contribui também para o arrefecimento da inflação, que nos últimos 3 meses já vem dando sinais de desaceleração”, disse Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil. “O movimento do dólar representa um movimento global de perda da força da moeda e maior tomada de risco, o que acabou beneficiando o real além, claro, de as commodities ajudarem a gerar um fluxo cambial favorável nesta segunda-feira.”
Por aqui, os investidores ainda fazem as contas do descontrole fiscal depois da aprovação da PEC das Bondades, ou PEC Kamikaze, que elevou as despesas do governo em mais de R$ 40 bilhões acima do teto.
Na sexta-feira a noite, o governo divulgou um novo contingenciamento no Orçamento para este ano de R$ 6,7 bilhões para tentar minimizar o impacto da PEC nas contas públicas.