Após dia volátil, dólar fecha em alta mas abaixo de R$ 5,20
Na primeira sessão de agosto, a moeda americana subiu 0,08% e foi vendida a R$ 5,17, depois de oscilar entre R$ 5,13 e R$ 5,20
01/08/2022Após um dia instável, o dólar, que abriu em queda depois de fechar o mês de julho no terreno negativo e acumular perdas no ano, fechou em leve alta nesta segunda-feira. A moeda americana subiu 0,08% e foi vendida a R$ 5,17, depois de oscilar entre R$ 5,13 e R$ 5,20.
Com o resultado levemente positivo desta primeira sessão de agosto, a divisa acumula perdas de 7,15% neste ano.
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Apesar de estar em volatilidade, o dólar ainda tem tendência de alta no mundo, isso porque os investidores monitoram as decisões de juros nos Estados Unidos.
Segundo Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos, o dólar, apesar de ter apresentado queda frente ao real no mês, vem de um movimento de alta no mundo. “O índice DXY, que é a comparação entre o dólar e uma cesta de moedas, está perto das máximas”, disse.
Conforme ele, o dólar se sustenta na política agressiva de juros dos Estados Unidos, que leva um fluxo de capital forte para o mercado americano. “Em julho, o euro perdeu força frente ao dólar e ficou valendo o mesmo valor. Essa fuga de capital é o refúgio para o investidor. Dólar ainda tem uma tendência de valorização”, afirmou Varejão.
No mercado local, os investidores estão mais confiantes com a expectativa de redução de inflação para este ano, no Boletim Focus. Segundo o documento divulgado pelo Banco Central, o IPCA deve ficar em 7.15% e não 7,30% como na pesquisa anterior, quinta queda seguida do indicador.
O mercado espera ainda que a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 13,75% ao ano no fim de 2022.
A projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu em R$ 5,20. Para 2023, ficou estável também em R$ 5,20. Já a previsão dos economistas dos bancos é que a economia brasileira cresça 1,97% em 2022, contra 1,93% previsto anteriormente. Para 2023, a previsão de alta alta passou de 0,49% para 0,40%.