Dólar fecha em alta, no maior valor desde meados de janeiro
A moeda americana avançou 0,65%, a R$ 5,49, o maior valor desde 18 de janeiro, quando chegou a R$ 5,56; com o resultado, acumula alta de mais de 5% no mês
21/07/2022
Os investidores continuam monitorando as decisões sobre políticas monetárias na Europa e nos Estados Unidos | Foto: Getty Images
O dólar subiu forte nesta sessão e chegou a atingir o patamar de R$ 5,50, na máxima intradiária, com os investidores monitorando as decisões sobre políticas monetárias na Europa e nos Estados Unidos.
A moeda americana avançou 0,65% e foi cotada em R$ 5,49, o maior valor desde 18 de janeiro, quando a divisa foi vendida a R$ 5,56. Com o resultado, o dólar acumula alta de mais de 5% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de 1,5% frente ao real.
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Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) foi mais agressivo e aumentou os juros em 50 pontos base, com isso a taxa subiu de -0.50% para 0%. Foi o primeiro movimento do BCE neste sentido em 11 anos e a decisão foi uma resposta às fortes pressões inflacionárias que o bloco enfrenta neste ano.
No comunicado da decisão, o BCE informou que vai lançar um novo programa de compra de bônus para prevenir movimentos injustificados nos spreads entre os títulos soberanos dos países da Zona do Euro.
Em junho, a inflação chegou a 8,6%, puxado principalmente pela energia com a guerra entre Rússia e Ucrânia. O resultado da inflação na zona do euro no mês passado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço da taxa a 8,4%.
Na próxima semana, é a vez do Federal Reserve (Fed, banco central americano) definir o ritmo de subida dos juros. A aposta é de que, após dados econômicos que indicam que os Estados Unidos devem entrar em recessão, a alta deve ser mais conservadora e não mais de 100 pontos base como o mercado esperava.
No Brasil, com a proximidade da corrida eleitoral, o clima de desconfiança começa a fazer preço no mercado. Nesta semana, os partidos oficializam as candidaturas em convenções. Na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro promoveu um encontro com embaixadores e pôs em xeque o processo eleitoral no Brasil.
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