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Dólar fecha em queda com a melhora das commodities

A moeda americana recuou 0,88%, nesta sessão e foi cotada a R$ 5,03, depois de oscilar entre R$ 5,01 e R$ 5,09

dólar

O dólar recua com o mercado ainda avaliando a condução da política monetária dos Estados Unidos | Foto: Getty Images

O dólar fechou em queda esta sessão depois de passar a primeira metade do dia em volatilidade. A moeda americana recuou 0,88% e foi cotada a R$ 5,03, depois de oscilar entre R$ 5,01 e R$ 5,09.

Com o resultado desta segunda-feira, a divisa acumulando queda de 2,75% no mês. No ano, tem desvalorização de 9,8% frente ao real.

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A melhora dos preços das commodities, como petróleo, aumentaram o fluxo das empresas exportadoras, puxando a cotação do dólar para o terreno negativo. O petróleo tipo Brent fechou em US$ 102,93, uma evolução de 3,96%.

“Dólar em queda, um movimento apoiado pelo movimento de alta das commodities, com o petróleo Brent (outubro) subindo forte e o minério de ferro com alta de 0,13%, o que garante um bom dia para as empresas exportadoras”, disse, Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

Na sexta-feira, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell, discursou durante o Simpósio de Jackson Hole, sobre a condução da política monetária dos Estados Unidos

No discurso Powell, reforçou a missão da autoridade monetária em controlar a inflação nos Estados Unidos. O presidente do Fed afirmou que o registro histórico adverte fortemente contra o relaxamento prematuro da política monetária.

Segundo ele, restaurar a estabilidade de preços provavelmente exigirá manter uma postura monetária apertada por algum tempo.

“A decisão sobre um aumento da taxa em setembro será baseada na totalidade dos dados desde a reunião de julho”, disse ele, comentando sobre a possibilidade de novo aperto monetário na próxima reunião do Fed, no fim do mês que vem.

A redução da inflação provavelmente vai pedir um período prolongado de crescimento abaixo da meta, afirmou o presidente do Fed, destacando que o objetivo geral é retornar a inflação para a meta de 2% ao ano.

“A taxa de juros entre 2,25% e 2,50% não é o lugar para parar”, declarou Powell. “Esses são os custos infelizes de reduzir a inflação, mas não restaurar a estabilidade dos preços significaria um sofrimento muito maior”.

As apostas do mercado variam entre uma alta de 0,50 pontos percentuais e de 0,75 p.p. na próxima reunião do Fed, em setembro.

Perceber que o Fed está pronto para aprofundar o aperto monetário é chocante para os investidores que esperavam que o pior de 2022 já tivesse passado, dizem analistas. Agora há mais dúvidas sobre como o aumento das taxas de juros provavelmente afetará a demanda econômica, os lucros corporativos e as avaliações das ações.

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