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Dólar avança após alta de juros nos EUA

A moeda americana fechou em alta de 0,40%, vendida a R$ 5,17, depois de oscilar entre R$ 5,12 e R$ 5,19 em uma sessão marcada pela aversão ao risco

Dólar

A aversão ao risco se manteve no mercado após a alta de 0,75 ponto percentual nos juros nos EUA | Foto: Getty Images

Em dia de decisão de juros nos Estados Unidos e no Brasil e depois de abrir em instabilidade, o dólar fechou em alta em meio à cautela externa quanto à política monetária dos dois países.

A moeda americana fechou em alta de 0,40% e foi vendida a R$ 5,17, depois de oscilar entre R$ 5,12 e R$ 5,19. Com o resultado, acumula queda de 0,54% no mês. No ano, tem queda de 7,18% frente ao real.

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A aversão ao risco se manteve no mercado mundial após a alta de 0,75 ponto percentual nos juros nos EUA. Com a decisão, os juros sobem do intervalo de 2,25% a 2,5% para o intervalo de 3% a 3,25% ao ano.

Além disso, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Jerôme Powell, indicou que a autoridade deve manter o ciclo de aperto monetário por mais tempo. A expectativa do Fed é de que o juros neste ano fiquem no patamar de 4% a 4,5% ao ano.

Já a aposta dos investidores para os juros no Brasil é fim do ciclo de aperto monetário e a permanência da taxa Selic em patamar mais alto por mais tempo.

Na visão de parte do mercado, esse momento pode finalmente ter chegado. Com a ajuda de medidas para reduzir os impostos dos combustíveis e energia, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação nos últimos dois meses.

Apesar de ser um movimento provocado principalmente pelas interferências do governo, especialistas destacam que já é possível ver alguns indicadores de diminuição no ritmo da inflação, o que permitiria que o BC encerrasse a alta nos juros.

A maior parte do mercado espera a manutenção da Selic em 13,75% ao ano. Mas em setembro o presidente do BC Roberto Campos Neto disse que ainda é cedo para falar em redução na taxa de juros. Por isso há economistas que acreditam em um último ajuste de 0,25 ponto percentual, que elevaria a Selic para 14% ao ano.

Para o Safra, não há um consenso definido, mas 75% do mercado espera que a taxa seja mantida e discurso deve permanecer com um tom mais duro.

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