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Dólar cai mais de 1% retornando aos R$ 5,19

A preocupação sobre o risco fical no Brasil com a PEC dos Combustíveis fez a moeda americana recuar 1,39% nesta sessão e perder os ganhos da véspera

Dólar

O dólar inverteu a tendência do dia anterior com a divulgação dos dados econômicos dos EUA e com os investidores monitorando o risco fiscal no Brasil| Foto: Getty Images

O dólar fechou em queda nesta quarta-feira depois de ter fechado na véspera no maior valor em mais de quatro meses. A moeda americana recuou 1,39% e foi cotada a R$ 5,19, depois de oscilar entre R$ 5,18 e R$ 5,25.

Com o resultado, a moeda americana passou a acumular alta de pouco mais de 9% no mês. No ano, ainda tem desvalorização de em torno de 7% frente ao real.

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A moeda americana inverteu a tendência do dia anterior com a divulgação dos dados econômicos dos Estados Unidos e com os investidores monitorando o governo brasileiro que deve editar um “pacote de bondades” para diminuir o impacto dos constantes reajustes de combustíveis. Essas medidas colocam em risco as contas do governo.

A economia americana encolheu 1,6% no primeiro trimestre, segundo o governo dos Estados Unidos. A expectativa do mercado era de uma queda de 1,5%. No quarto trimestre do ano passado, o PIB recuou 1,5%, na comparação trimestral.

Além disso, a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços (PCE) subiu 7,1% no primeiro trimestre. Já o núcleo do PCE avançou 5,2% no comparativo com janeiro a março do ano passado.

Índice de preços neste patamar pode fazer com que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mantenha essa política mais contracionista por mais tempo do que o esperado.

Juros mais altos nos Estados Unidos tendem a atrair mais recursos para títulos de dívida americana, considerados um dos investimentos mais seguros no mundo.

No Brasil, o senador e relator Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) apresentou o relatório final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis, que incluiu a ampliação de benefícios sociais às vésperas da eleição de outubro.

Na última sexta-feira, Bezerra Coelho estimou que o pacote de benefícios sociais da PEC deve ter impacto fiscal de R$ 34,8 bilhões fora do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação.

Desse total, cerca de R$ 37 bilhões são de despesas que ficarão fora do teto de gastos para bancar o aumento do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600); a bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil; o reforço no vale-gás (o benefício atual, em torno de R$ 53, deve ser dobrado e passar a ser mensal; hoje é pago a cada dois meses); a gratuidade do transporte público aos idosos; e a compensação aos Estados que reduzirem para 12% o ICMS sobre etanol. (Com AE)

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