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Dólar se fortalece com alta semanal de 2,6%

Maior preocupação foi a sinalização do Fed para uma redução de estímulos monetários neste ano

dólar

Investidores reagiram a uma eventual redução de estímulos do Fed, provocando uma alta do dólar, que chegou a operar perto de R$ 5,50 | Foto: Getty Images

A semana foi marcada pelo fortalecimento global do dólar e recuo nos principais mercados de ações do mundo. A moeda americana chegou a operar perto de R$ 5,50, registrou alta semanal de 2,6%.

Aos 118 mil pontos, o Ibovespa encerrou com queda de 2,6% na semana, a segunda consecutiva.

O cenário interno também não contribuiu, com incertezas políticas e fiscais que também afetaram o mercado de títulos públicos. A taxa anual do prefixado para 2026, por exemplo, chegou a ser oferecida acima de 10%.

Os resultados mais negativos vieram da Ásia, onde a China apresentou dados econômicos mais fracos do que o esperado e o governo anunciou novas intervenções em diferentes setores. O índice da Bolsa de Hong Kong, por exemplo, recuou 5,8%.

Na Europa, o Stoxx 600 amargou uma queda de 1,5%, primeiro recuo em um mês. Enquanto isso, nos Estados Unidos, o S&P 500 perdeu 0,6% no período.

O desempenho do varejo americano em julho reviveu dúvidas sobre o ímpeto da maior economia do mundo. O setor recuou 1,1% em julho, na comparação com junho, um desempenho pior do que o esperado, puxado pelas retrações nos segmentos de vestuário e veículos.

Dólar reagiu a aceno do Fed

A maior preocupação veio do aceno do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para uma redução de estímulos monetários já neste ano.

A ata da última reunião de política monetária mostrou que a maioria dos membros do Fed julga que, com a meta de inflação já atingida, o progresso visto no mercado de trabalho permitiria uma diminuição, em 2021, no ritmo de compra de títulos pela instituição.

O impacto sobre os mercados se explica pelo menor apetite a risco dos investidores em um eventual ambiente de aperto monetário na maior economia do mundo.

Um reflexo da cautela pôde ser visto também no preço do petróleo. A cotação do Brent, referência global do mercado, despencou 7,7% na semana, pior variação desde outubro de 2020.

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