Dólar fecha em alta com temor do mercado diante da inflação global

O dólar engatou a segunda alta seguida nesta quarta-feira. Os investidores monitoraram a escalada da inflação no mundo e as iniciativas das economias para conter a alta dos preços.  

A moeda americana se valorizou 0,18% e fechou cotada em R$ 4,82, despois de oscilar entre R$ 4,80 e R$ 4,86. Com o resultado, a divisa acumula queda de 2,97% no mês. No ano, tem desvalorização de mais de 13% frente ao real.

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O dólar avançou com os investidores monitorando as medidas que o Federal Reserve (Fed) para controlar a inflação nos Estados Unidos.

Na ata da última reunião, a maioria dos dirigentes do Fed defendeu que aumentos de 50 pontos-base provavelmente serão apropriados “no próximo par reuniões” nos Estados Unidos, segundo a ata da última reunião de política monetária da instituição.

De acordo com o documento, na reunião ocorrida nos dias 3 e 4 de maio, todos os dirigentes reafirmaram o seu forte empenho e determinação em tomar as medidas necessárias para restabelecer a estabilidade de preços.

O mercado já precificava essa nova alta de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Fed, em junho e julho, à medida em que busca reduzir a inflação das máximas de 40 anos.

Em maio, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) elevou o intervalo da taxa de juros dos Estados Unidos para 0,75% e 1% ao ano.

No cenário interno, a escalada da inflação também pressiona o dólar. Na véspera, o IBGE divulgou a prévia do IPCA-15 para maio que aponta uma desaceleração para 0,59% e ficou 1,14 ponto percentual abaixo da taxa de abril (1,73%).

Esse índice é o maior do indicador para o mês desde 2016 (0,86%), segundo o IBGE. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,93%. O acumulado dos últimos 12 meses é de 12,20%, acima dos 12,03% registrados em abril.