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Dólar chega a R$ 5,24 com aumento do temor de recessão mundial

A moeda americana avançou 2,62% e foi vendida a R$ 5,24, depois de oscilar entre R$ 5,17 e R$ 5,26, na semana, no entanto, acumulou perda de 0,20%

Dólar

Em semana marcada pela decisão de alta de juros nos EUA para controlar a inflação, os investidores buscaram ativos mais seguros, como o dólar | Foto: Getty Images

O dólar fechou em alta firme nesta sexta-feira, mas encerrou a semana com perdas frente ao real. A moeda americana avançou 2,62% e foi vendida a R$ 5,24, depois de oscilar entre R$ 5,17 e R$ 5,26.

Com o resultado, acumulou queda de 0,20% na semana. Em setembro, no entanto, o dólar passa a acumular alta de cerca de 1%. No ano, tem queda de 5,63% frente ao real.

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A semana foi marcada pela decisão de juros pelo mundo. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual. Com isso, os juros sobem do intervalo de 2,25% a 2,5% para o intervalo de 3% a 3,25% ao ano.

O Fed indicou, ainda, que deve manter o ciclo de aperto monetário por mais tempo para levar a inflação para a meta de 2% ao ano. A projeção da autoridade monetária é de que os juros devem fechar o ano entre 4% e 4,5%.

Esta postura mais contracionista dos Estados Unidos fez com que o investidor buscasse ativos mais seguros, como o dólar.

Além disso, o Reino Unido anunciou que se endividará fortemente para financiar um amplo pacote de cortes de impostos, numa tentativa de impulsionar a economia britânica, que enfrenta a taxa de inflação mais alta em cerca de quatro décadas.

Como parte do pacote, o ministro de Finanças Kwasi Kwarteng disse que o governo britânico irá reduzir impostos sobre folhas de pagamentos, congelar o imposto sobre empresas, abandonar um teto para bônus de executivos do setor bancário e gastar bilhões de libras para subsidiar contas de energia nos próximos dois anos.

“Esse ciclo de estagnação levou à projeção de que a carga tributária alcançará os maiores níveis desde o fim da década de 1940”, disse Kwarteng. “Estamos determinados a romper esse ciclo. Precisamos de uma nova abordagem para uma nova era, com foco no crescimento”, acrescentou.

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