Dólar fecha em alta com investidores em busca de pistas sobre o Fed
A moeda americana terminou o dia em alta de 0,24% e foi vendida a R$ 5,11, depois de oscilar entre R$ 5,08 e R$ 5,12
24/08/2022Após um início de semana em queda, o dólar fechou em alta nesta quarta-feira, 24, com os investidores ainda em busca de pistas sobre a condução da política monetária nos Estados Unidos.
A moeda americana terminou o dia em alta de 0,24% e foi vendida a R$ 5,11, depois de oscilar entre R$ 5,08 e R$ 5,12. Com o resultado, o dólar acumula perda de 1,57% na semana, e de 1,60% no mês. No ano, tem desvalorização de 8,77% frente ao real.
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Dados recentes da economia americana divulgados nesta semana aumentam as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) irá ser menos contracionista na próxima reunião agora em setembro.
O índice de atividade da economia dos Estados Unidos registrou contração pelo segundo mês consecutivo. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do país recuou de 47,7 em julho a 45,0 na preliminar de agosto, o menor nível desde fevereiro de 2021. Com isso, o dado entrou mais firmemente em território de contração, abaixo de 50 nessa pesquisa.
Já o PMI da indústria do país recuou de 52,2 em julho a 51,3 na prévia de agosto, mínima em 25 meses, ante previsão de 51,9 dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.
O PMI de serviços dos EUA, por sua vez, teve baixa de 47,3 em julho a 44,1 na preliminar de agosto, na mínima em 27 meses, quando a expectativa era de alta a 49,0. Ambos os resultados foram os mais baixos desde meados de 2020.
“O PMI e dados do mercado imobiliário que mostram que a economia está desacelerando e quão sensível é com a condução da política monetária que passou de juros 0 para 2,50% ao ano. Isso trouxe a indicação de que o Fed não deve pesar tanto a mão na subida da taxa de juros”, disse Camila Abdelmalack, economista chefe da Veedha Investimentos.
No mercado local, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em -0,73% em agosto, após variação de 0,13% em julho. Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em novembro de 1991. Apesar da queda recorde, os preços de Alimentação e bebidas (1,12%) e Saúde e cuidados pessoais (0,81%) continuaram subindo.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02% e, em 12 meses, de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a taxa foi de 0,89%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).