Dólar sobe forte após inflação acima da expectativa nos EUA

O dólar fechou em alta firme nesta terça-feira, 13, após abrir em baixa, com os investidores avaliando os dados de inflação nos Estados Unidos, que vieram acima da expectativa do mercado. A divisa chegou a tocar R$ 5,20.

A moeda americana evoluiu em 1,77% e foi vendida a R$ 5,18, depois de oscilar entre R$ 5,07 e R$ 5,20. Com o resultado, acumula perda de pouco mais de 0,20% no mês e tem desvalorização de quase 7% frente ao real no ano.

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Os dados da inflação do consumidor (CPI, na sigla em inglês) servem de parâmetro para os investidores fazerem as apostas sobre a elevação da taxa de juros nos Estados Unidos. Juros americanos altos tendem a valorizar a moeda americana frente às outras divisas.

O índice subiu 0,1% em agosto, na comparação com julho, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho americano.

A inflação para o consumidor mostra alta de 8,3% no acumulado em 12 meses, uma desaceleração em relação a julho (+8,5%).

Apesar da desaceleração, os dados vieram acima do esperado pelo mercado, pois o consenso era de uma deflação de 0,1% na base mensal e alta de 8,1% na anual, segundo a Refinitiv.

O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia (cujos preços são mais voláteis), subiu 0,6% na comparação mensal e 6,3% na anual, também acima do esperado. A projeção Refinitiv para o núcleo era de alta de 0,3% na base mensal de de 6,1% na base anual.

“Expectativa segue sendo uma elevação de 75 pontos base (bps). Jerome Powell (presidente do Federal Reserve) e outros membros chamaram atenção para os resultados de curto prazo, mas a visão geral é o que mais importa”, informou o Banco Safra, em relatório diário.

A Europa ainda chama grande atenção do mercado, o bloco tenta aprovar uma política de racionamento do consumo de gás para tentar minimizar a queda do fornecimento do gás russo na semana passada.

No mercado local, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de serviços para julho. Segundo o IBGE, o volume de serviços prestados subiu 1,1% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços.

No mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de uma alta de 0,7% ante maio para um avanço de 0,8%.

Na comparação com julho de 2021, houve alta de 6,3% no volume de serviços prestados, já descontado o efeito da inflação. O dado ficou mais positivo do que o avanço de 5,8% da mediana das expectativas, que iam de uma elevação de 3,6% a um salto de 9,9%.

A taxa acumulada no ano foi de alta de 8,5%. Em 12 meses, os serviços acumulam avanço de 9,6%.