Eletrobras deve investir mais de R$ 41 bi até 2025
O Plano Diretor de Negócios e Gestão 2021-2025 da estatal prevê grandes aportes na usina nuclear Angra 3
24/12/2020A Eletrobras (ELET3) divulgou na quarta-feira, 23 de dezembro, o seu Plano Diretor de Negócios e Gestão 2021-2025. A previsão é que a Eletrobras deve investir mais de R$ 41 bilhões no período.
Segundo o plano, o ano com o maior volume de aportes será 2022, com R$ 10 bilhões planejados.
Uma boa parte dos recursos do plano de negócios da Eletrobras – totalizando R$ 15,3 bilhões – será investida na usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro, entre 2021 e 2025.
O maior volume de investimentos no complexo de geração fluminense será realizado de 2022 a 2024, com valores entre R$ 3,2 bilhões e R$ 3,5 bilhões por ano.
Em 2021, os investimentos totais previstos pela estatal somarão R$ 8,2 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões irão para Angra 3. A área de transmissão vai receber R$ 1,8 bilhão, enquanto outros ativos de geração, excetuando Angra 3, deverão ter R$ 1,5 bilhão.
A Safra Corretora recomenda a compra dos papéis da Eletrobras. Além do plano de negócios recém-apresentado, a empresa vem correspondendo à expectativa de entrega de resultados financeiros sólidos, assinalam os especialistas do banco.
SPEs e desestatização
As Sociedades de Propósito Específico (SPEs) vão receber R$ 1,4 bilhão no Plano da Eletrobras, e o segmento infraestrutura e ambiental terá orçamento de R$ 684 milhões.
Em 2023, os investimentos totais previstos são de R$ 9,2 bilhões. Para 2024, há quase R$ 8 bilhões reservados, e para 2025, R$ 5,6 bilhões.
Uma das diretrizes estratégicas estabelecidas pela Eletrobras para o período é “continuar o processo de racionalização das participações em SPEs”. A companhia pretende chegar em dezembro de 2021 com 49 participações nesse tipo de sociedade.
Além disso, consta nas metas de desempenho empresarial avaliar e implementar alternativas de capitalização, prioritariamente pelo projeto de desestatização que tramita no Congresso.
Na esteira do projeto discutido no Congresso, os especialistas do Banco Safra projetam que o valor de mercado da empresa pode ser beneficiado, caso seja privatizada.
(Com AE)