Após abertura estável, dólar fecha em queda com ajuda das commodities
Em dia de feriado nos EUA, o dólar recuou 0,59% e foi cotado a R$ 5,15, depois de tocar o patamar de R$ 5,19 na máxima do dia
05/09/2022Em dia de feriado nos Estados Unidos, o dólar abriu estável nesta segunda-feira, 05, com a moeda americana vendida a R$ 5,18. No entanto, ao final da manhã a divisa já era pressionada pela alta dos preços das commodities e passou a cair. No final do dia, o dólar fechou em queda de 0,59% cotado a R$ 5,15, depois de oscilar entre R$ 5,15 e R$ 5,19.
Com o resultado, no ano o dólar acumula desvalorização de 7,6% frente ao real.
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Sem grandes destaques no exterior, o que mexe com o câmbio nesta sessão são as estimativas do mercado para a economia brasileira e a alta dos preços das commodities, que aumenta as exportações e o fluxo cambial no país .
Nesta segunda-feira, 5, os contratos futuros de minério de ferro subiram depois de fecharem a semana passada em queda com o aumento das restrições no país por causa da contaminação elevada do novo coronavírus.
O minério de ferro mais negociado para entrega em janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações com alta de 4%, a 692 yuans (US$ 99,85) a tonelada. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro mais ativo do ingrediente siderúrgico subiu 4,5% a US$ 98,75 a tonelada.
O petróleo também opera em alta nesta sessão depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidirem cortar a produção em 100 mil barris por dia (bpd) para tentar segurar os preços do óleo em meio ao temor de uma recessão mundial e queda do consumo. A cotação do Brent fechou em US$ 95,75 numa alta de 2,93%.
De acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, a expectativa é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, fique em 6,61% este ano. Na perspectiva anterior, o mercado esperava uma taxa de 6,70%.
Foi a 10ª semana seguida que o Boletim Focus reduz a estimativa de inflação, em razão das desonerações patrocinadas pelo governo para baixar os combustíveis e a energia e também do recuo dos preços da gasolina.
Há um mês, a projeção era de 7,11%. Em relação a 2023, a mediana recuou pela terceira semana consecutiva, de 5,30% para 5,27%, contra 5,36% quatro semanas antes.
Pelos dados do Focus, as estimativas de inflação, mesmo que em queda semana a semana, ainda demonstram que o Banco Central não deve atingir a meta para este ano. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.
A estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) também teve uma revisão. Nesta pesquisa Focus, o mercado espera um crescimento da economia em 2,26% este ano, ante expectativa anterior de alta de 2,10%. Para 2023, a previsão passou de evolução de 0,37% para 0,47%.