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Embraer tem potencial de valorização de 31%

Safra inicia cobertura da ação da Embraer com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 38 por ação em 12 meses

Apesar do aumento de 57% no preço da ação da Embraer no acumulado do ano, a companhia é atualmente negociada com desconto | Foto: Divulgação

O banco Safra iniciou cobertura de Embraer (ERJ) com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 38 por ação em 12 meses, que implica um potencial de valorização de 31%.

Depois de um período difícil após a pandemia de covid-19, que levou a uma queda acentuada no número de voos e, subsequentemente, na venda e renovação da frota de aeronaves, vemos uma perspectiva melhor para o futuro, evidenciada pelo sólido backlog (carteira de pedidos) da companhia (+27% desde 2019).

Esperamos que o ambiente operacional positivo à frente se traduza em aumento da lucratividade – projetamos aumento na margem EBIT da Embraer para uma média de 9,3% (de 6,6% in 2023), e o retorno sobre o capital investido deve atingir 10,8% até 2026, finalmente ultrapassando nossa estimativa para o custo de capital.

Avaliação da ação da Embraer

Apesar do aumento de 57% no preço da ação da Embraer no acumulado do ano, a companhia é atualmente negociada a 6,9x o VF/EBITDA 2025, um desconto de 33% sobre seus pares globais e um desconto de 23% sobre sua média histórica de 8,9x.

Além disso, reconhecemos as seguintes opcionalidades positivas para a companhia nos próximos meses, que poderiam adicionar até R$12/ação à nossa avaliação, caso se materializem:

  • (i) Arbitragem com a Boeing: US$2/ação;
  • (ii) novos pedidos de KC-390 da Índia (até 80) e Arábia Saudita (até 40): US$4/ação; e
  • (iii) Eve: US$6/ação.

Tese de investimento do Safra para a Embraer

Aese de investimento do Safra para a Embraer está fundamentada nos seguintes fatores:

  • (i) o bom dinamismo operacional deve continuar, beneficiado por um sólido backlog – projetamos crescimento robusto da receita em virtude

(a) de um aumento na oferta de voos e da renovação da frota em seu segmento de Aviação Comercial;

(b) da demanda estável por jatos executivos; e

(c) de crescimento sólido de seu segmento de Defesa com a maturação do projeto KC-390;

  • (ii) melhora na lucratividade, graças: (a) a volumes mais altos que se traduzem em ganhos de escala; (b) melhora no ambiente competitivo com a Airbus e a maturação do projeto E2; (c) aumento nos pedidos do KC além daqueles da FAB; (d) mudança na gestão estratégica da companhia, com foco em lucratividade;
  • (iii) posição de liderança e marca consolidada devem sustentar a participação de mercado – a marca da Embraer tem forte reputação de confiança, um ativo intangível fundamental para um fabricante de aeronaves, o que deve possibilitar que a Embraer garanta novos contratos e retenha clientes existentes;
  • (iv) a Embraer opera em um setor com altas barreiras à entrada;
  • (v) empresa diversificada dentro do mercado de aviação, que atua em quatro diferentes segmentos;
  • (vii) força de trabalho altamente qualificada e experiente.

Principais riscos que vemos para a tese de investimento da Embraer:

  • (i) dificuldades na cadeia de suprimentos que ocasionem atrasos em entregas;
  • (ii) aumento da concorrência poderia afetar a lucratividade da companhia;
  • (iii) desaceleração da economia global;
  • (iv) insucesso de novos lançamentos;
  • (v) dependência de poucos clientes;
  • (vi) dependência do governo brasileiro e problemas geopolíticos globais podem afetar significativamente o segmento de Defesa.

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